Governador defende investimento em prevenção e resposta rápida em seminário de Defesa Civil

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O governador Raimundo Colombo, acompanhado do secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Althoff, apresentou os investimentos de Santa Catarina na prevenção de catástrofes naturais, nesta segunda-feira, dia 28, durante abertura do seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União. O evento, intitulado "Desastres Naturais – ações emergenciais", foi organizado para discutir um novo marco legal para a Defesa Civil.

Foto: Neiva Daltrozo – SECOM

Governadores de vários Estados apresentaram os problemas encontrados e também soluções para minimizar as perdas com os desastres. "Ano passado, tivemos perdas de cerca de R$ 1 bilhão com as chuvas. A verba para reconstrução que já temos encaminhada é de R$ 400 milhões. Não tenho nenhuma dúvida de que prevenir é a melhor solução", disse o governador Raimundo Colombo.

Colombo informou que o radar para o monitoramento da região do Vale do Itajaí já foi adquirido e que agora vai ser realizada a sua instalação. O radar meteorológico é umas das principais peças no sistema de mitigação de cheias que está sendo montado na região, a mais afetada pelas chuvas no Estado. "Eu trabalhava na área da Assistência Social bem na época da grande enchente de 1983 no Estado. E, em 1984, tivemos outra também. Naquela período, o recurso chegava um ano depois. Melhoramos, mas ainda temos inimigos. E o maior deles é a burocracia", afirmou o governador. Para Colombo, a discussão de como aprimorar a resposta é essencial para permitir uma ação mais eficiente dos Estados, sem depender de uma demora na tramitação da liberação de recursos por parte do Governo Federal. 

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, destacou que o evento servirá para encontrar, pelas experiências dos governadores, formas de agilizar, descomplicar e desburocratizar as ações de reconstrução. “Na hora do desastre, de nada adianta mostrar o que deveria ser feito ou apontar culpados. O que deve sempre ser feito é socorrer", apontou o ministro do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz. Ele defende que a melhoria dos trabalhos da Defesa Civil vai passar pela melhoria dos mecanismos para a resposta, além de garantir que a Situação de Emergência não propicie o mau uso dos recursos públicos. 

Prevenção
O diretor de resposta da Secretaria de Estado da Defesa Civil, Aldo Baptista Neto, explica que o trabalho contra catástrofes tem quatro fases: prevenção, preparação, resposta e reconstrução. Apesar de até poucos anos atrás as ações eram focadas quase que exclusivamente na resposta.

"No ano de 2008, com o maior desastre em extensão de chuvas e soterramentos do Estado, ocorreu um marco para a Defesa Civil, tanto estadual como em plano federal. A prevenção entrou em pauta", ressalta Emerson Emerim, diretor de prevenção da Defesa Civil de Santa Catarina. O ministro da Integração Nacional confirma as palavras de Emerim ao lembrar que a presidente Dilma Rousseff, com a tragédia na região Serrana do Rio de Janeiro em 2010, definiu uma mudança nacional na política de Defesa Civil, com foco na prevenção.

"Os eventos estão cada vez mais recorrentes. Então, temos que estar preparados antes. Conseguimos, felizmente, chegar a um nível, em 2011, de não termos nenhum óbito diretamente relacionado às enchentes", disse Colombo. Técnicos de Defesa Civil do Brasil vão seguir discutindo mudanças para o marco legal até esta terça-feira, 29, no Tribunal de Contas da União, quando se encerra o seminário “Desastres Naturais – ações emergenciais”.