Estratégia fortalece monitoramento de secas e inundações, consolidando estado como referência nacional em gestão de riscos. Foto: SPDC / Divulgação

A Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (SPDC/SC) deu mais um passo para ampliar sua capacidade de prevenção e resposta a desastres naturais. Entre os dias 21 e 22 de agosto, foram realizadas reuniões com representantes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae). Os encontros marcaram a apresentação do novo Atlas de Risco de Inundações e o início da elaboração de um termo de cooperação técnica que trará mudanças estruturais para a gestão de riscos no estado.

No primeiro encontro, realizado na sede da SPDC, a ANA expôs o novo Atlas de Risco de Inundações, que será validado com o apoio dos Coordenadores Regionais da Defesa Civil e municípios catarinenses. Além disso, também foi apresentado o Monitor de Secas, programa da ANA que passará a contar com a participação da Defesa Civil de SC.

Já no dia 22, em reunião na sede da Epagri, foi discutido o novo termo de cooperação técnica entre as quatro instituições. Se aprovado, a Defesa Civil assumirá a operação da Sala de Situação em Santa Catarina, anteriormente conduzida pela Epagri. Criadas pela ANA, as Salas de Situação Estaduais são centros de gestão de situações críticas voltados ao monitoramento de secas e inundações.

Segundo o gerente de Monitoramento e Alerta da SPDC, Frederico de Moraes Rudorff, a mudança representa um avanço na gestão de riscos hidrológicos. “Ao integrar a Sala de Situação ao CIGERD, que funciona 24 horas por dia, teremos uma visão unificada e em tempo real de todos os riscos, com resposta mais rápida através do acionamento imediato de protocolos, Coordenadorias Regionais e municípios”, destacou.

Além disso, o Monitor de Secas permitirá análises mais precisas da estiagem em Santa Catarina, antecipando medidas preventivas e melhorando a coordenação das ações de assistência. “Com a entrada da Defesa Civil de SC no Monitor de Secas, podemos ter análises mais precisas das condições de seca no estado, permitindo antecipar medidas preventivas e melhor coordenar ações de assistência aos municípios afetados”, completou Rudorff.

Outro avanço discutido foi a desativação da rede telemétrica da ANA na vertente atlântica, já que a rede de missão crítica da Defesa Civil cobre praticamente todos os pontos da região. A medida elimina sobreposições desnecessárias e otimiza o uso de recursos.

A parceria entre os quatro órgãos também prevê integração de informações sobre segurança de barragens, participação conjunta em reuniões com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e uma proposta de normativa para tornar obrigatório o monitoramento em tempo real da rede de estações do setor elétrico.

Com os ajustes em andamento no termo de cooperação, a expectativa é que o documento seja assinado até o final do ano, consolidando uma parceria interinstitucional que ampliará a capacidade de resposta de Santa Catarina frente a eventos extremos e situações críticas.