Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina

Proteção e Defesa Civil recebe quarta missão do Banco Mundial para alinhar avanços do programa “SC Protegida e Resiliente”

Etapa marca o alinhamento entre equipes do Estado e do Banco Mundial para fortalecer a resiliência climática e mitigar desastres naturais. Foto: SPDC / Divulgação

Iniciou nesta quarta-feira (15), na sede da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (SPDC/SC), em Florianópolis, a quarta missão do Banco Mundial voltada ao programa “Santa Catarina Protegida e Resiliente”. O encontro tem como objetivo avaliar o andamento do programa, revisar a documentação técnica e alinhar os últimos detalhes para a fase de negociação do contrato de financiamento com o Banco Mundial. A missão segue até sexta-feira (17) e reúne representantes do Banco Mundial, equipes técnicas da Defesa Civil e de órgãos parceiros do Governo do Estado.

Ao longo dos próximos dias, as equipes trabalharão em pautas que incluem aspectos de gestão financeira e socioambiental, licitações, matriz de indicadores de resultados e o Documento de Avaliação do Projeto (PAD), etapas essenciais para que o Estado avance rumo à implementação efetiva das ações.

De acordo com Joelma Martins, da Unidade de Gestão do Programa (UGP) da SPDC, esta fase é decisiva para consolidar o projeto. Ela explica que o trabalho atual busca integrar as diferentes áreas envolvidas, aprimorar fluxos de execução e preparar o terreno para a negociação final com o Banco, que tem avançado em ritmo acelerado desde o início do processo. “A primeira missão aconteceu em dezembro do ano passado e, desde então, conseguimos entregar toda a documentação necessária em tempo recorde. Estamos no momento, trabalhando para concluir todas as avaliações e dar sequência passando para a fase de negociação”, destacou Martins.

O especialista líder em gestão de risco e desastres do Banco Mundial, Jack Campbell, participa da missão e destacou que a parceria com Santa Catarina é uma referência internacional, por unir conhecimento técnico, sustentabilidade e inovação. “Essa parceria é importante não apenas para Santa Catarina, mas como exemplo de uma abordagem mais abrangente de gestão de riscos para todo o país”, afirmou Campbell.

Sobre o Programa

O Santa Catarina Protegida e Resiliente é um programa estruturante voltado à redução dos riscos de desastres e ao fortalecimento da resiliência climática em todo o Estado. Coordenado pela Secretaria de Proteção e Defesa Civil, o projeto prevê investimentos em obras estruturantes, tecnologia, capacitação e sustentabilidade ambiental, com financiamento do Banco Mundial.

Entre as ações planejadas estão a construção de até quatro novas barragens de contenção de cheias, podendo ser em Agrolândia e Pouso Redondo, além de melhorias no canal retificado de Itajaí. Essas intervenções terão papel fundamental na redução de danos causados por enchentes e enxurradas, protegendo áreas urbanas e rurais e contribuindo para o desenvolvimento seguro das comunidades.

O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, participou da abertura da missão e ressaltou a importância da parceria internacional para o fortalecimento da política estadual de prevenção e mitigação de desastres. “Essa missão do Banco Mundial reforça a importância de um planejamento integrado e de longo prazo. Queremos consolidar um modelo de planejamento que una ciência, infraestrutura e inovação, capaz de proteger vidas e preparar Santa Catarina”, afirmou, Hildebrandt.

O programa também incorpora soluções baseadas na natureza e monitoramento ambiental contínuo. Combinando obras de engenharia com medidas sustentáveis, o SC Protegida e Resiliente representa uma nova etapa no modelo de gestão de riscos adotado em Santa Catarina.

Próximos passos

Com a conclusão desta missão, o Banco Mundial deverá finalizar o Documento de Avaliação do Projeto (PAD) e encaminhar a documentação à análise jurídica. Em seguida, o Estado será convidado para a fase de negociação, que antecede a assinatura do contrato de financiamento, prevista para ocorrer até abril de 2026.

“A resiliência não se constrói apenas com obras, mas com planejamento, engajamento dos municípios e soluções que considerem a realidade catarinense. Estamos trabalhando para garantir que as futuras gerações tenham mais segurança diante dos eventos climáticos extremos”, concluiu o secretário Mário Hildebrandt.