Proteção e Defesa Civil realiza encontro do Grupo de Ações Coordenadas

Evento tem como finalidade a integração dos entes públicos de Santa Catarina e a preparação para o exercício simulado de 2026
Cerca de 30 pessoas, representando diversos órgãos do estado e entidades privadas, se reuniram para o segundo encontro ordinário do Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) de 2025, realizado na sede da Secretaria da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (SPDC), na tarde desta segunda-feira, 06. A iniciativa tem como objetivo integrar os diversos entes do Estado, trocar experiências e conhecimento sobre suas áreas de atuação. As reuniões do GRAC são realizadas, de forma ordinária, duas vezes por ano, podendo ocorrer, extraordinariamente, quando o Estado está em risco de desastre iminente.
Na fala de abertura, o secretário da SPDC, Mario Hildebrandt, fez uma saudação aos presentes e lembrou da importância das ações contínuas de entrosamento entre as mais variadas agências de segurança e proteção de Santa Catarina. “O GRAC é um evento fundamental para que as entidades possam atualizar suas informações e estarem preparadas para estarem juntos com a Secretaria da Proteção e Defesa Civil numa ação de prevenção, proteção e também de resposta, como tivemos em 2023 e em vários momentos no estado de Santa Catarina”, afirmou. O secretário complementou lembrando a importância da SPDC na capacitação dos demais órgãos no seu dia a dia para que eles possam dar a resposta adequada, “numa situação de enchentes e chuvas intensas, por exemplo, a Secretaria de Infraestrutura precisa estar preparada para a abertura de estradas estaduais para devolver a mobilidade e propiciar que a gente consiga chegar no município atingido com itens de ajuda humanitária, como cestas básicas colchões, ou até mesmo telhas de fibra ou cimento para atender a população afetada”, finalizou.
Rodrigo Nery, auxiliar técnico da Gerência de Operações da Defesa Civil (GEROP) e coordenador da reunião, comentou o caráter coletivo da SPDC. De acordo com ele, a Proteção e Defesa Civil funciona quando todos os setores envolvidos conseguem trabalhar com rapidez, respeito e cada um sabendo o que fazer e como atuar, inclusive a população. “A Defesa Civil é um sistema em que as organizações governamentais e não-governamentais fazem parte. ‘Defesa Civil somos todos nós’ não é só um slogan, é um fato. A população não é um agente paciente, que fica lá esperando ser socorrido. Existem estruturas e habilidades excelentes que vem da sociedade civil e que nos ajudam nesses momentos. Seja um salão de igreja, ou uma outra estrutura cedida para abrigar os afetados, ou servir uma sopa, assim como as atividades profissionais de cada um que podem ser úteis em momentos de necessidade”, comentou.
Nesta edição do GRAC ainda fizeram exposições o tenente coronel Fábio Collodel, chefe da terceira Seção do Estado-Maior Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CMBSC) e o major Ricardo Spader, da décima quarta Brigada de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro. O tenente coronel apresentou o Protocolo Operacional de Ações de Desastres, um documento com orientações de como o CMB deve atuar em momentos extremos. “O Corpo de Bombeiros tem diversas estruturas que são extremamente eficientes no acionamento para desastres. É necessário especificar como essas estruturas serão acionadas internamente e em conjunto com os demais órgãos”, explicou Fábio.
Último expositor do dia, o Major Spader avaliou o sistema de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina como exemplar, de acordo com ele, “é uma agência líder que é referência para todo o Brasil e nos motiva a atuar de forma coordenada e cooperativa com a Defesa Civil do Estado”. Mesmo sendo um ente federal, o Exército Brasileiro também atua em parceria com as entidades estaduais e municipais nas situações de calamidade e, por tanto, participa regularmente de reuniões e outras ações promovidas pela SPDC. “Uma forma de preparar e conservar o estado de prontidão da nossa tropa é participar de eventos de integração com o sistema de Proteção e Defesa Civil”, explicou o Major.
Além do Corpo de Bombeiro, Defesa Civil e Exército, estiveram presentes representantes de diversos outros entes públicos, como a Secretaria de Planejamento, Secretaria de Meio Ambiente, Epagri, Cidasc, além de entidades privadas como o CREA.
Realização do simulado 2026
Rodrigo Nery apresentou também o balanço do exercício simulado anual realizado em maio deste ano. “O Simulado foi um desafio que a gente se propôs em virtude da necessidade da gente se preparar e se capacitar cada vez mais e melhor”, comentou Nery. O simulado é uma forma de avaliar e orientar os municípios a reagirem de forma rápida aos eventos críticos, além de servir para entrosar as diversas equipes do Estado que atuam na prevenção e redução de danos em crises climáticas. A Defesa Civil, através do GEROP, já está trabalhando para realizar o próximo simulado, que está marcado para o dia primeiro de março de 2026. “A ideia de novo é convocar a participação dos 295 municípios de Santa Catarina, que esses municípios garantam a participação dos seus efetivos técnicos com a população e que a gente possa manter e aumentar a nossa gama de proteção ao estado de forma sempre integrada e voltada para o cidadão catarinense”, explicou.