A Defesa Civil do Estado de Santa Catarina continua em alerta em relação as chuvas que afetam o estado. As regiões mais prejudicadas foram o Vale do Itajaí, a região Norte e a Grande Florianópolis.
Em Florianópolis ocorreram quedas de muros, deslizamentos e alagamentos. Em Biguaçu, uma família ficou desalojada em função de alagamentos e deslizamentos.
Palhoça e São José também apresentaram problemas, mas a situação já foi controlada. Lonas foram distribuídas pela Defesa Civil Estadual para as cidades mais prejudicadas. De acordo com o diretor do Setor de Resposta aos Desastres Major Aldo Baptista Neto, a preocupação agora é quanto ao risco de temporal previsto especialmente no Oeste e no Sul do Estado, onde são esperados volumes acumulados de chuva de 60 a 80mm que podem superar os 100mm.“ Se a previsão se confirmar, primeiramente orientamos a população a buscar ajuda junto a Defesa Civil Municipal e peço também para que os responsáveis fiquem atentos principalmente em relação às cidades com histórico de desastres e enxurradas”.
Até agora nenhum decreto oficial chegou à Secretaria de Estado da Defesa Civil. Segundo o secretário Milton Hobus, o maior desafio da sua gestão, é colocar o radar meteorológico em funcionamento, importante ferramenta na prevenção de desastres naturais. “As pessoas precisam saber o que vai acontecer para que possam se prevenir”, destacou Hobus.
A previsão é de que o equipamento entre em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2014, coletando dados e monitorando eventos naturais como frentes frias, ventanias, chuvas e granizo de 190 municípios, incluindo Brusque. O radar meteorológico será instalado na cidade de Lontras e irá cobrir pelo menos 77% do Estado, abrangendo um raio de 200 quilômetros. O investimento ultrapassa os R$ 7 milhões e o valor será pago com recursos do Fundo Estadual de Defesa Civil.
O secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, Milton Hobus, destacou ainda que o sistema traz informações precisas e poderá informar inclusive a quantidade de chuva, detectando a formação de tempestades com até três horas de antecedência. Dessa forma, a população que reside em áreas de risco poderá ter mais tempo para se preparar ou deixar o local.
Prevenção
Além da implantação do radar, também está previsto no projeto a sobrelevação das barragens de Taió e Ituporanga, e a criação de sete barragens de pequeno porte no Alto Vale. No Rio Itajaí-Mirim, serão construídas comportas e uma barragem de médio porte em Botuverá, com capacidade para até 16 milhões de m³. A previsão é de que todas as obras sejam concluídas dentro de cinco anos e, nessa primeira etapa, serão investidos cerca de R$ 600 milhões. As melhorias fazem parte de um amplo estudo desenvolvido em cooperação com a Agência Internacional Japonesa, JICA.