Taió. Foto: Arquivo.
A Defesa Civil de Santa Catarina monitora o cenário de chuva em todas as Regiões. De acordo com a Diretoria de Respostas aos Desastres – DIRD os dados mais recentes apontam que 38 cidades tiveram algum tipo de problema com o volume de precipitação. Até agora, os dados oficiais apontam 50 casas afetadas.
Com esse cenário, não ultrapassa o número de 251 pessoas afetadas até o momento. Dentre eles, 41 estão desalojados e 12 desabrigados preventivamente. A Defesa Civil do Estado trabalha concomitantemente com as 20 coordenadorias regionais (Coredec), no qual os Coredec atuam sistematicamente em parceria com as defesas civis locais.
Abrigo em Rio do Sul. Foto: (Andrei Valentim)
Ocorrências:
De acordo com o relatório da DIRD, desde o dia 27 municípios começaram registrar ocorrências por conta das chuvas.
Em Xanxerê, houve alagamentos pontuais, imóveis com alagamentos e veículos submersos. Também houve queda de árvores em vias públicas. Já em Vargeão, foram os alagamentos que exigiram atenção do poder público. Fortes chuvas e ventos ocasionaram destelhamento de residências e estabelecimentos comerciais, em Rio das Antas. O município de Curitibanos, registrou queda de um muro. Em Braço do Trombudo, foi registrado uma movimentação de massa – deslizamento, na SC 112. Energia elétrica chegou a ser comprometida. A mesma característica de evento foi registrado na SC 350, em Ituporanga. Ainda no dia 27, a Defesa Civil e Criciúma foi registrado escorregamento de terra, devido ao volume de chuva. Florianópolis, houve uma queda de muro.
No dia 28, alagamentos foram registrados, em Pouso Redondo. Já em Salete, foi movimento de massa e inundação em rodovia estadual. Deslizamento também foi contabilizado, em Santa Terezinha. Uma rocha cedeu, em Lauro Muller, na Serra do Rio do Rastro. No bairro das Nações, em Balneário Camboriú, houve registro de deslizamento. Em Arvoredo, movimentação de massa foi registrada. Em Apiúna, a ocorrência foi enxurrada. Guabiruba, houve deslizamentos. Brusque, Blumenau, Rio dos Cedros, Rodeio e Ascurra também tiveram incidência de deslizamentos. Em São João do Sul, o problema foi acúmulo de água sobre a pista. E, no município de Concórdia, o problema foi movimento de massa. Inundação foi contabilizada em Taió e Braço do Norte. Rio do Sul contabiliza os danos com deslizamentos. Fraiburgo e Lages contam com problemas por contas das chuvas torrenciais, assim como Joaçaba. Em Herval d’Oeste teve deslizamento, Gaspar contabilizou deslizamento. Rio do Oeste, devido a cheia do rio Itajaí do Oeste, houve alagamento. Em Mirim Doce, no dia 28, o registro foi de inundação e Petrolândia também.
No dia 29 de maio, a Defesa Civil registrou movimento de massa e inundação, em Campos Novos, deslizamentos, enxurrada e queda de árvore, em Ibirama, inundação, em Tangará, movimento de massa, em Água Doce, o problema foi movimento de massa.
Apesar de uma trégua, nas últimas horas, a Defesa Civil de Santa Catarina continua monitorando os rios que cortam o Estado, a previsão do tempo, o índice de pluviometria estimado para as próximas horas e as condições de cada barramento existente. Técnicos se revezam para auxiliar os municípios, e na Gerência de Monitoramento e Alerta, desde as primeiras horas, equipes se desdobram na emissão de avisos, alertas e previsões a curto prazo.
AVISO METEOROLÓGICO E MARÍTIMO
Atualização: 30/05/2017 às 16h00min
PREVISÃO DE CHUVA FORTE COM RISCO DE INUNDAÇÕES – DESLIZAMENTOS DE TERRA – RAJADAS FORTES DE VENTO – MAR AGITADO EM SANTA CATARINA!
Nesta terça e quarta-feira (30 e 31/05), a passagem de um ciclone do Oeste para o Litoral de SC, provoca chuva persistente no Estado.
Na terça (30/05), o acumulado de chuva pode chegar a 60 mm a 80 mm especialmente no Oeste, Meio-Oeste e Planalto Sul de SC.
Na quarta (31/05), pode chegar a 80 mm e 100 mm em todas as regiões.
Na quinta-feira (01/06), a chuva persiste no Sul do Estado, com acumulado que pode chegar a 50 mm e 70 mm.
Entre a tarde de quarta (31/05) e manhã de sexta-feira (02/06), são esperadas rajadas de vento Sul que podem chegar a 50 a 70 km/h no Litoral de SC, devido à intensificação do ciclone próximo da costa catarinense.
Nos dias 31/05 a 02/06 a maré alta deve provocar alagamentos nas regiões mais baixas do litoral catarinense. Os alagamentos serão provocados pelos seguintes fatores: agitação marítima (ondas de 2.0 a 2.5 m), influência da maré, ventos do quadrante sul, nos dias 01 e 02/06, e chuvas fortes e contínuas ocorridas no estado. Recomenda-se atenção nos locais próximos a desembocaduras de rios, Rod. Diomício Freitas, Centro de Eventos – CentroSul, praias do Sul da Ilha de Santa Catarina, Avenida Atlântica de Balneário Camboriú, Barra Velha, Araranguá, Laguna, Itajaí, Joinville, Tijucas dentre outros.
Confirmando-se as previsões meteorológicas e maregráficas, poderemos ter problemas de alagamentos nas vias públicas nos municípios onde sofrem influência da maré.
Devido à chuva prevista, as condições hidráulicas dos rios estarão prejudicadas para escoar o excesso hídrico. Caso os valores chuva superem em muito os 100 mm previstos, poderemos ter inundações em algumas bacias e complexos hidrológicos como: Rio Chapecó, Rio Jacutinga, Rio dos Queimados – Concórdia, Rio do Peixe, Rio Canoas, Rio Araranguá, Rio Urussanga, Rio Tubarão, Rio Cubatão do Sul, Rio Biguaçú, Rio Tijucas, Rio Camboriú, Alto e Baixo Vale do Itajaí, Rio Itapocú e Rio Cubatão em Joinville.
Recomenda-se acompanhar monitoramento e atualizações de boletins.
Recomendações da Defesa Civil SC:
Alagamentos/Inundações: evitar o contato com as águas e não dirigir em lugares alagados. Evitar transitar em pontilhões e pontes submersas e cuidado com crianças próximas de rios e ribeirões.
Tempestades com descargas elétricas (raios) e ventos fortes: Proteja-se em local abrigado, longe de placas, de árvores, de postes de energia e de objetos que podem ser arremessados. Se não encontrar um abrigo, agache-se com os pés juntos, com a cabeça encostada em seu peito ou entre os joelhos e as mãos cobrindo suas orelhas ou apoiadas em seus joelhos. Se estiver na praia, jamais fique na água. Não olhe para o raio. Se estiver em casa ou qualquer outro local abrigado, desligue os aparelhos eletrônicos, não use o telefone, fique longe das janelas e lembre-se, o banheiro em alvenaria é o melhor local durante uma tempestade!
Deslizamentos de terra: deve ser observado qualquer movimento de terra ou rochas próximas a residências, inclinação de postes e árvores e rachaduras em muros ou paredes. Neste caso, é recomendável que a família saia de casa e acione a Defesa Civil municipal pelo 199 ou o Corpo de Bombeiros 193.