Levantamento de áreas de risco é realizado em três municípios

Durante esta semana técnicos da Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC) realizaram o levantamento preliminar para analisar a necessidade de atualização do mapeamento das áreas de risco em Presidente Getúlio. A ação, solicitada pela Prefeitura municipal, é de fundamental importância para analisar as áreas atingidas pelo fluxo de detritos que tirou a vida de 18 pessoas no município no evento de dezembro de 2020. O trabalho de campo foi realizado pela engenheira civil, Ana Colombo, e pelo coordenador regional da DCSC de Taió, Alexander Baasch.

Foram analisados os bairros Índio Esquerdo, Niteroi, Mohrstifer, Pinheiro, Pinheiro Alto, Ribeirão Uru, Ribeirão Tucano e Revólver, o mais atingido durante o evento de dezembro. Para a avaliar a situação destes locais foram realizados sobrevoos com drones. “Foi constatado que os movimentos de massa não evoluíram, porém ainda existe a exposição de residências ao risco”, comentou a engenheira, Ana Colombo. Segundo ela, esse trabalho vai resultar em uma atualização e ampliação do mapeamento das áreas que foram atingidas pelo desastre.

Até o evento ocorrido no último ano o Bairro Revólver não estava mapeado como área de risco para movimentos de massa. Isso se explica pela inexistência de histórico de ocorrências naquela localidade. Agora em decorrência do evento, que foi desencadeado pelo altíssimo índice pluviométrico em um curto espaço de tempo, inúmeros pontos requerem acompanhamento constante pela suscetibilidade de possíveis movimentações de encostas.

A equipe da Defesa Civil Estadual também prestou apoio técnico para o levantamento de áreas de risco nos municípios de Ibirama e Rio do sul.

Levantamento em um dos pontos onde ocorreu o fluxo de detritos em Presidente Getúlio. Foto: Divulgação.

Mapeamento de áreas de risco

A Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC), em 2019, realizou a entrega do mapeamento de áreas de risco para todos os municípios do Estado. A ação contou com a contratação da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e identificou as áreas suscetíveis à inundação e movimentação de massa. A DCSC recomenda que o estudo deva ser utilizado pelos municípios para o planejamento urbano e gestão territorial.

As cartas de suscetibilidade, mapeamento de perigo e risco foram baseadas na metodologia desenvolvida com o governo japonês no Projeto Gides (Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos e Desastres) e modelagem de suscetibilidade.

A DCSC continua prestando apoio técnico aos municípios para atualização dos dados e identificação de novos pontos críticos.