Na Defesa Civil, governador acompanha reunião sobre situação das chuvas no Estado com o Grupo de Ações Coordenadas

 

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Foto: Julio Cavalheiro

O governador Raimundo Colombo participou, na tarde desta segunda-feira, 5, na sede da Defesa Civil do Estado, em Florianópolis, da reunião de trabalho do Grupo de Ações Coordenadas – que envolve todas as instituições de emergência do Estado e do Governo Federal – para definir estratégias de atuação na proteção das pessoas e ajuda aos municípios afetados pelas chuvas em Santa Catarina.

“Antes de tudo, é preciso reconhecer essa contribuição que é histórica e nos ajuda a superar desafios como este. Estamos mobilizados em alerta total para prestar o apoio necessário a todas as famílias e a todos os municípios”, disse Colombo.

O governador reiterou que já começou o diálogo com o Governo Federal para garantir recursos para os eventuais trabalhos de reconstrução nos municípios que decretaram situação de emergência e que ainda possam vir a decretar.

Neste momento, a Defesa Civil alerta que ainda há risco de chuvas torrenciais, deslizamentos de terra e inundações, principalmente nas regiões do Vale do Rio do Peixe, Serra, Alto Vale do Itajaí e Médio Vale e nas bacias do Litoral Sul. Nesses locais, a recomendação é que as famílias que estão em áreas de risco busquem os abrigos seguros e acompanhem as informações oficiais. Outra orientação é que, para os casos de inundações, as famílias, retirem de forma antecipada, móveis e outros pertences.

Durante as inundações é recomendado evitar o contato com as águas, não dirigir em lugares alagados, transitar em pontilhões e pontes submersas e reforçar o cuidado com crianças próximas de rios e ribeirões.

De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, a maior preocupação se concentra nas regiões: Meio-Oeste, Vale do Itajaí e Planalto Sul – devido ao acúmulo de chuva no Vale do Rio Uruguai composto pelos rios Pelotas, Canoas e Carahá. “Nessa região, a saída de água é muito lenta, e a previsão de mais chuva, para todas as regiões, agrava essa situação”, explica Moratelli.

O secretário reforça que todo o trabalho está sendo baseado na informação e na mobilização. “Trabalhamos principalmente, de forma preventiva, para que antes que ocorra algo mais incisivo na área urbana, a gente consiga diminuir a quantidade de afetados, e, consequentemente, os prejuízos que eles possam ter”, frisa Moratelli.

A mobilização do Estado na proteção e assistência às famílias afetadas pelas chuvas em Santa Catarina ocorre no paralelo das informações sobre a previsão do tempo. O meteorologista da Epagri/Ciram, Clovis Correa, explicou que o período de excesso de chuvas em Santa Catarina é atípico e muito preocupante. 

Para se ter uma idéia, durante o mês de maio choveu o esperado para três meses e os primeiros dias de junho também devem acumular o volume que estaria previsto para todo o mês. O meteorologista explica, que mesmo não estando sob influência de fenômenos como El Niño e La Niña, o Estado recebe a instabilidade do Oceano Pacífico. 

“Em geral, a chuva segue, em todas as regiões até pelo menos a próxima quinta-feira, 8, numa média de 30 milímetros, sendo que não descartamos a ocorrência de picos que podem atingir os 100 milímetros”, alerta.

A Defesa Civil reforça que com a condição de rios saturados e solo encharcado, qualquer quantidade de chuva pode provocar um problema maior, como é o caso das inundações e dos deslizamentos de terra.