NOTA METEOROLÓGICA DC/SC 30/05 – Clima esperado para os meses de junho, julho e agosto de 2023: previsão e riscos associados.

Fonte da Imagem: Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

O que ocorre tipicamente neste período?

O trimestre de Junho, Julho e Agosto encerra a estação do outono e dá início ao inverno no Hemisfério Sul. De acordo com a climatologia, a chuva média nesses meses é a menor do ano em Santa Catarina, sobretudo nas áreas litorâneas, Vale do Itajaí e norte do estado, com valores mensais variando de 90 a 130 mm. Já nas cidades do Grande Oeste e Planalto Sul, a precipitação oscila de 110 a 180 mm.

Um evento de El Niño irá se configurar?

Com as águas do oceano Pacífico Equatorial mais aquecidas, prevê-se a configuração de um evento de El Niño durante o inverno, com intensidade moderada a forte.

Como fica a chuva no trimestre?

De maneira geral, as chuvas devem ficar mais frequentes ao longo deste período. Assim, a previsão indica chuva dentro da média climatológica para o trimestre. Em relação a cada mês individualmente, prevê-se que em Junho a precipitação fique dentro dos valores normais climatológicos para todo estado. Já nos meses de Julho e Agosto, a tendência é de chuva dentro a acima da média. Nestes meses, o fenômeno El Niño já poderá influenciar no regime da precipitação em Santa Catarina.

Como fica a temperatura no trimestre?

Em relação as temperaturas, espera-se um inverno com temperaturas na média a acima da normal climatológica para toda Santa Catarina. E por isso, a previsão é de menos massas de ar frio atuando no estado. Porém, isto não exclui a chance de episódios de frio intenso, com ocorrência de geadas e precipitação invernal. É importante ressaltar que os eventos de frio devem ocorrer, mas não serão duradouros.

Previsão de riscos no período

  • Tendência que a estiagem no Grande Oeste seja amenizada e até revertida nos próximos meses
  • Há chance de eventos de chuva volumosa, com risco para inundações, enxurradas e deslizamentos
  • Episódios de frio intenso, com registro de temperaturas negativas e congelamento de pistas. Ressalta-se a atenção com a população mais vulnerável (idosos, crianças, enfermos, moradores de rua) e animais domésticos. Mantenha-se aquecido e beba bastante água.
  • Danos provocados por eventos de agitação marítima e ressaca devem ser menos frequentes em relação a um inverno típico
  • Nevoeiros se tornam mais comuns, com risco para trânsito e navegação.

Texto: Ana Luiza Dors Wilke, Victor Meireles e Caio Guerra