Santa Catarina é destaque em prevenção a desastres naturais, aponta pesquisa do COEP

População catarinense tem acesso a planos estaduais de prevenção, monitoramento, alerta e assistência em casos de fenômenos meteorológicos extremos.

O estado de Santa Catarina possui sistemas de informação para alerta à população de fenômenos meteorológicos extremos, destacando-se em pesquisa realizada pelo COEP Nacional junto às defesas civis de 11 estados e suas respectivas capitais, consideradas as mais atingidas por desastres climáticos no país.

O documento Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil de Prevenção e Resposta a Situações de Desastres Climáticos indica que Santa Catarina atua em conformidade com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, instituída em 2012 pelo Ministério da Integração Nacional, e que "traz uma forte orientação no sentido de priorizar as ações de prevenção aos desastres naturais a partir de medidas estruturantes".

Ainda de acordo com a pesquisa, o Plano Estadual de Prevenção a Desastres Naturais foi elaborado após os desastres ocorridos no estado em novembro de 2008, provocando escorregamentos, enxurradas e inundações em diversas áreas. Na época, 14 municípios catarinenses decretaram estado de calamidade pública e outros 63 entraram em situação de emergência.

Saiba mais – A pesquisa Políticas Públicas e Iniciativas da Sociedade Civil de Prevenção e Resposta a Situações de Desastres Climáticos foi feita no último trimestre de 2012, pelo Laboratório Herbert de Souza: Tecnologia e Cidadania, em parceria com o Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdades, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e apoio da Fundação Banco do Brasil. Tem o objetivo de "contribuir para o desenvolvimento de ações e à formulação de estratégias de prevenção e resposta que ampliem o grau de envolvimento e participação das comunidades inseridas em localidades consideradas de risco à ocorrência de eventos climáticos extremos".

Além de Santa Catarina, O COEP analisou os sistemas estaduais e das capitais do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Amazonas e Pará. Em função da concentração populacional nos grandes centros urbanos, as inundações, enxurradas, deslizamentos de terra e rocha, mais comuns nestes ambientes, são os que fazem mais vítimas.

Segundo o documento, mesmo os estados que possuem planos de prevenção, "apresentam, na maioria dos casos, estruturas de gestão e de equipe bastante enxutas e insuficientes para coordenar as ações previstas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (…). Em geral, apresentam estratégias para a atuação dos sistemas de defesa civil em casos de emergências, não compreendendo o planejamento de ações estruturantes, a longo e médio prazo", alerta.

Fonte: COEP Nacional