Santa Catarina participa de Projeto do CEMADEN sobre Monitoramento da Chuva

Montagem dos pluviômetros. Foto: Flávio Jr DCSC.

O Governo do Estado, através da Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC) com o programa Defesa Civil na Escola (PDCE), está participando de um projeto inovador de ciência na prevenção de riscos e de desastres. O “Waterproofing Data (WPD) ++ Aplicativo e ciência-cidadã: polinização nas escolas e defesas civis”, é desenvolvido em parceria com o CEMADEN Educação & Projeto Dados à Prova à prova D’água. O objetivo é produzir conhecimentos para pensar no território de forma consciente e ampliar a resiliência.

O Estado de Santa Catarina foi convidado a integrar a iniciativa pela recorrência de eventos adversos e em função do sucesso do PDCE, que é uma prática de educação de redução de riscos e pelos resultados alcançados junto a estudantes e professores. “O conhecimento é produzido de forma conjunta entre as instituições e as comunidades que participam do Projeto”, destacou o Chefe da DCSC, David Busarello. Segundo ele, o WPD vai contribuir para melhoria da gestão pública através da captação de dados e novas tecnologias utilizadas para impulsionar a resiliência e a resposta a eventos provocados pela chuva.

No Projeto “Dados à Prova D’água”, que engloba uma pesquisa internacional, é utilizado um novo aplicativo (APP) de geração de informações sobre a chuva e registro de eventos hidro-geo-meteorológicos que permite o compartilhamento de informações. O teste da tecnologia ocorre em cinco estados: Acre, Pernambuco, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina.

Uma das instituições de ensino que integram a ação é a Escola Municipal José Rosso, na Comunidade Quarta Linha, em Criciúma. Durante as atividades do WPD os alunos foram capacitados e realizaram a construção de pluviômetros com garrafas Pet (PLUVIPET) que serão utilizados no monitoramento pelos jovens. A aluna Kauana Vieira Tavares, do 7º ano, está aproveitando as atividades e considera que o Projeto pode ajudar bastante a comunidade onde mora e a localidade onde está localizada a Escola José Rosso. “Estou gostando bastante. Nossa comunidade tem muitas enchentes e o projeto é fundamental para sabermos quando vai ocorrer esses eventos e o que vai acontecer”, falou a adolescente.

Preparação dos PLUVIPETs. Foto: Flávio Jr DCSC.

Através dos PLUVIPETs os alunos e a comunidade podem monitorar o tempo e o clima com o acompanhamento da quantidade de chuva que ocorre na localidade”, explicou o Coordenador Regional da DCSC e embaixador do PDCE, Rosinei da Silveira. Ele destaca que os equipamentos serão acompanhados diariamente e os dados serão colocados em uma planilha que será repassada para o CEMADEN. “Com esse monitoramento será possível entender a meteorologia da Região e a ligação da chuva com os eventos de inundação e alagamento” disse Rosinei. A atividade também é de extrema importância para os adolescentes pela curricularização da temática de proteção e defesa civil com a geografia, ciência e meteorologia, ampliando a percepção de risco e incentivando a resiliência e o fortalecimento local. “Com a atividade do PLUVIPET os alunos vão percebendo os riscos e entendendo como ocorre as inundações onde moram, assim melhorando a resiliência da comunidade”, finalizou o Coordenador Regional.

Já a Diretora da Escola, Simone Scotti dos Santos reforçou que a Escola está aberta para receber as parcerias com instituições. “Já estamos com atividades do Programa Defesa Civil na Escola e agora com o Projeto do CEMADEN que tem como objetivo coletar informação para amenizar ou resolver a situação de inundações no bairro, então é muito importante a escola fazer parte desta pesquisa”, comentou a Diretora.

Participam do projeto as coordenadorias regionais da DCSC de Criciúma, Xanxerê e Florianópolis. Entre escolas e comunidades já foram formadas oito redes observacionais, totalizando 69 pluviômetros construídos com garrafas pet e manuais.

Treinamento para a utilização do PLUVIPET. Foto: Flávio Jr DCSC.