Defesa Civil reúne órgãos estaduais e trata do plano de ações para enfrentar a estiagem em SC

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Na tarde desta terça-feira (3), a Secretaria de Estado da Defesa Civil (SDC) reuniu dez entidades do Governo Estadual para tratar do plano de ações para enfrentar a estiagem que atinge o Extremo-Oeste e Oeste catarinense. Conforme o relatório das 18 horas, 37 municípios decretaram Situação de Emergência por estiagem. No total, foram mais de 346 mil pessoas afetadas nessas regiões. 

 “O encontro serviu para iniciarmos a formatação das estratégias de curto prazo, assim como de médio e longo prazo. Pretendemos não só prestar o atendimento imediato, como também construir um projeto que minimize os prejuízos e danos da estiagem no Estado”, destacou o secretário da Defesa Civil, Geraldo Althoff. 

De acordo com o Ciram/Epagri, o período de estiagem deve se entender pelos meses de janeiro e fevereiro. “As chuvas ficarão bem abaixo da média e em períodos espaçados. Se ocorrer chuva, há o risco de granizo e vendaval”, alertou a metereologista Marilene Lima. Atualmente, o Ciram/Epagri dispõe de três estações na região do Extremo-Oeste e Oeste: São Miguel do Oeste, Campo Erê e Itapiranga.

A Regional de São Miguel do Oeste informou, na tarde desta terça-feira, que as perdas na região chegam a 50% no milho, 70% no feijão, entre 25 e 40% na produção de leite e entre outras culturas de 20 a 40%. Segundo o secretário regional Wilson Trevisan, no município de Guaraciaba, nos últimos 15 dias, a prefeitura realizou a limpeza de cerca de 40 bebedouros e poços.

Confira algumas ações já desenvolvidas ou que devem ser desenvolvidas pelas entidades:

A Secretaria da Agricultura já pratica programas que buscam a recuperação de áreas degradadas junto aos agricultores. A estiagem já vem sendo discutida e o monitoramento da região é feito por meio das gerências regionais, que identificam  15 municípios em situação crítica no Estado. Segundo o órgão, já foram realizadas 410 comunicações ao Banco do Brasil, de perdas na agricultura, e 350 pedidos estão na espera para serem protocolados. Para ser beneficiado pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), o agricultor comunica ao banco o problema, e na sequência o técnico emite o laudo da situação. Num caso mais extremo, como foi no desastre de 2008, este laudo poderá ser coletivo ou único. Esta medida é necessária para que o agricultor seja indenizado. Outros programas também são disponibilizados aos agricultores.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável colocou à disposição da Defesa Civil e dos municípios as informações do novo Mapa Hidrológico de Santa Catarina, com dados de todos os poços existentes no Estado.

A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) já está atendendo os municípios de Anchieta e Seara de forma emergencial. Caso necessário, poderá estender este atendimento de forma planejada aos demais municípios. As ações se restringem à distribuição de água por meio de caminhão-pipa nas áreas urbanas onde a entidade atua. Há um ano e meio, a Casan contratou a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) para perfurar 21 poços na região. Atualmente, todos estão ativados.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc) se colocou à disposição para atuar nas perfurações de poços. Já o Corpo de Bombeiro Militar (CBM/SC) colocou seus caminhões à disposição da população afetada para o transporte de água nos casos de extrema necessidade no atendimento aos prédios públicos (escolas, hospitais etc). A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) também dispôs seus recursos humanos e equipamentos.

Informações adicionais:
Fabiane Pickusch Costa
Secretaria de Estado da Defesa Civil
E-mail: comunicacao@sdc.sc.gov.br
Telefone: (48) 8843-3695