Nota paralização do Radar de Lontras

A Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC) vem a público esclarecer que em função da necessidade de substituição de peças danificadas do Radar do Vale (Lontras), situação ocasionada pelo desalinhamento de componentes, o equipamento deverá ficar paralisado para manutenção.

O Radar começou a apresentar problemas no dia 31 de janeiro de 2020. Na ocasião o problema foi identificado e peças específicas substituídas. Após a referida intervenção, o radar voltou a operar em 13 de junho de 2020.

Após sessenta dias de uso, novamente foram identificados problemas naquela unidade de monitoramento. A empresa responsável pela manutenção dos radares meteorológicos da DCSC foi acionada e necessitou enviar um técnico para inspeção no local.

Durante a vistoria presencial foram constatados a existência de peças danificadas e o desalinhamento da antena do radar. Este novo incidente levantou a possibilidade do desgaste prematuro das peças terem sido provocados por problemas na estrutura de movimentação do Radar. Uma avaliação minuciosa está em andamento para apurar se existem outras situações relacionadas, tanto no sistema eletrônico quanto mecânico do equipamento.

Embora o Radar de Lontras esteja em condições de operação, não foi recomendado que a Defesa Civil utilize de forma regular nas rotinas de monitoramento. O equipamento está em condições de funcionamento normal, porém existe a possibilidade de desgaste acelerado, nova quebra de peças e diminuição da vida útil caso o equipamento continue operando nestas condições.

Novas peças foram solicitadas ao fabricante do Radar, que destaca que são peças específicas e fabricadas sob demanda, podendo ter um prazo longo entre serem fabricadas e o envio, fato acentuado pela crise global da pandemia.

É importante destacar que mesmo com a paralisação do Radar de Lontras a DCSC ainda dispõe de capacidade de monitoramento da área coberta pelo equipamento e de emissão de alertas à população. A Região está sobre a cobertura do Radar do Morro da Igreja, localizado no município de Urubici e que é operado pela Aeronáutica. A DCSC ainda dispõe de acesso direto as imagens geradas pelo satélite meteorológico GOES-16 que fornece informações de tempestades severas, da rede de pluviômetros (que realizam o monitoramento do acumulado de chuva) e anemômetros (que acompanham a velocidade do vento). Estes dados são suficientes para que os meteorologistas da DCSC acompanhem o deslocamento ou a formação de qualquer instabilidade atmosférica na Região.

A DCSC ressalta que está a disposição para esclarecer qualquer dúvida. Defesa Civil somos todos nós.