Previsão Climática Trimestral para Santa Catarina

Diminuição da chuva no decorrer do trimestre

A previsão é que as chuvas fiquem de 'normal' a abaixo da média climatológica, no trimestre MARÇO/ABRIL/MAIO, lembrando que os acumulados de chuva, neste período, são menores em relação à primavera e verão, especialmente nas regiões Oeste e Meio Oeste.

Em Março há um indicativo de quebra do padrão atmosférico, de chuva frequente e volumosa, observado em Janeiro e Fevereiro, com indicativo de chuva mais significativa para este mês no Sudeste do Brasil, com previsão de uma condição de tempo mais firme em SC, ainda assim com chuva  isolada com volumes menores. Neste período a condição também é favorável à ocorrência de temporais com ventos fortes e granizo isolado, que podem ocorrer em todo o estado e provocar estragos, embora menos frequentes em relação ao verão. 

Março marca a transição entre o verão e o outono, mas ainda assim normalmente apresenta características de verão, especialmente nos primeiros 15 dias. Na segunda quinzena, as chuvas ficam mais restritas as passagens das frentes frias por Santa Catarina. No Litoral e Vale do Itajaí, a circulação marítima deve ocasionar uma melhor distribuição na precipitação, tanto no tempo quanto no espaço.  Em  Abril e Maio, a precipitação ocorre em quase toda sua totalidade associada à passagem de frentes frias, sendo por vezes mais intensas no Oeste, por influência da Baixa do Chaco (sistema de baixa pressão).

Em relação às temperaturas, a previsão é que fiquem próximas a ‘normal’ climatológica, no trimestre. Na segunda quinzena de março já começam a chegar as primeiras massas de ar frio, mas as ondas de frio mais intensas atuam em SC a partir de maio, com geadas generalizadas em todas as regiões catarinenses e, possibilidade de neve, principalmente, no Planalto Sul. Mesmo assim, eventos prolongados de temperaturas elevadas (acima de 30ºC) são esperados, especialmente no mês de Maio, caracterizando os veranicos. Outra característica do Outono é a amplitude térmica diária (diferença de temperatura), ou seja o dia começa com temperaturas mais baixas e durante a tarde, com a presença do sol, a temperatura sobe e chega até a fazer calor.

A Temperatura da Superfície do Mar (TSM):

O fenômeno La Niña, verificado nos últimos meses, está em fase de enfraquecimento no decorrer deste primeiro semestre de 2011, com tendência a normalidade em Junho.

Na área oceânica do Pacífico Equatorial Leste, região de monitoramento do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), as águas superficiais permanecem mais frias do que o normal (TSM abaixo da média climatológica), em torno de 1,5 a 2,0°C abaixo da média normal (Figuras 1 e 2), caracterizando a atuação do La Niña com intensidade moderada. No Atlântico Norte e Sul observa-se uma extensa área de água mais quente (Figura 1), com TSM acima da média normal, em torno de 1,5°C na costa Sul do Brasil.

 

Figura 1 – Anomalia da TSM nos oceanos Atlântico e Pacifico, em Janeiro de 2011janeiro

 Figura 2 – Anomalia da TSM no oceano Pacífico, entre 13 e 20/02/2011

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Fonte: Gilsânia Cruz / Clóvis Corrêa – Meteorologistas – Meteorologista(s) – Ciram/Epagri