Audiência Pública é realizada em Braço do Trombudo para discutir construção de barragem

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Foto: Paulo Cesar Santos – SDC/SC

Na noite dessa quarta-feira, 15, a Fundação do Meio Ambiente – Fatma e Defesa Civil de Santa Catarina – SDC/SC, promoveram, em Braço do Trombudo a Audiência Pública para tratar do Licenciamento Ambiental para a construção da Barragem de contenção de cheias na Região. Pelo menos 190 pessoas participaram do ato, realizado na sede da empresa Rex Industrial.

De acordo com o Secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, a estrutura foi definida após vasto estudo na área abrangida. “O estudo apontou que esse local é o que oferece o menor impacto socioambiental, por isso foi escolhido e acordo com a comunidade após reunião, com autoridades locais,” garantiu.

A barragem prevista para Braço do Trombudo teve quatro pontos analisados. Desses, dois fora selecionados como possíveis locais para receber o barramento. O consórcio (GeoEnergy e Prosul) que realiza os estudos para instalação do empreendimento apresentou dados que confirmaram apenas o “Eixo 3”, como melhor opção.

A Barragem do Rio Trombudo proposta entre os municípios de Braço do Trombudo e Trombudo Central, no Alto Vale do Itajaí, tem capacidade para conter até 1,18 milhões de metros cúbicos de água. A estrutura conta com 17 metros de altura prevista e 180 metros de extensão. A área prevista para construção é de 50 hectares.

Hobus reforçou ainda que além da área considerada ter sido a menor, engloba 22 propriedades na área da construção. “Na maioria dessas terras, os pontos de desapropriação são fundos de terrenos. Embora o valor de indenização será compatível a perda no imóvel,”afirmou.

De acordo com o Engenheiro Elton Koga, responsável pelos estudos, as enxurradas no município são recorrentes. “Problemas com enchentes e enxurradas na região de Braço do Trombudo ocorrem há pelo menos 150 anos.” Pontuou.

Após a apresentação do projeto da barragem em 45 minutos, um período aberto pela Fatma para os questionamentos por parte da comunidade. Entre as perguntas o impacto nos acessos da cidade e propriedades, viabilidade econômica das indenizações, quais outras opções para auxiliar o município, o Secretário de Estado e a equipe técnica responderam as indagações.