Barragem de Petrolândia ganha novos rumos

IMG 1979

Autoridades, lideranças políticas e empresariais de Ituporanga e Petrolândia participaram da reunião que trata da instalação da barragem do rio Perimbó, em Petrolândia, no Alto Vale do Itajaí. O encontro foi promovido pela Defesa Civil de Santa Catarina e o Consórcio Três Barragens, responsáveis pela elaboração do projeto.

 Desta vez o encontro foi realizado no auditório da CDL, em Ituporanga. Esse é o segundo evento sobre o assunto, realizado neste ano. O primeiro momento foi em fevereiro, quando houve uma consulta popular sobre os locais que poderiam receber a estrutura. Na época, três eixos foram apresentados. No entanto, o eixo considerado problemático socialmente foi descartado.

O Secretário de Desenvolvimento Regional de Ituporanga, Elias Souza relembrou a preocupação dos moradores de Petrolândia com o terceiro eixo, que poderia inundar uma localidade inteira. “Vejo com tranquilidade a exclusão do terceiro eixo. Com o descarte desse ponto, que tanto preocupou a população podemos pensar em mais apoio da própria população”, destacou Silveira.

Durante a reunião desta quinta-feira (05), dados sobre a construção foram apresentados. Como eis e edificações afetados pela construção e com a área de alagamento.

A barragem do rio Perimbó tem três objetivos de utilização: abastecimento humano, combate à seca e irrigação.

Na reunião foram apresentadas a capacidade de barramento, área abrangida, famílias atingidas e como funcionaria o sistema de contenção da barragem.  Foi levado em conta para a definição os estudos hidrológicos, de cota, área, volume e socioambiental. Também há um levantamento de imóveis atingidos pela área alagada.

De acordo com o Secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, há necessidade de se pensar que após a implantação, qualquer obra gera custo ao Estado ou ao Município. “Temos que levar em conta a possibilidade da barragem se manter, como está previsto coma de Botuverá. Lá, além do consumo humano, há possibilidade de produção de energia elétrica e abastecimento de cidades vizinhas e contenção de cheias. Aqui, não é diferente, o consumo humano pode gerar receita e reduzir os custo para os cofres públicos”, disse Moratelli.

Segundo os engenheiros do Consórcio, a Casan já teria se mostrado interessada na água captada. “Eles levariam a água até Lontras, por exemplo”, frisou o engenheiro Elton.

Características dos Eixos apresentados.

Eixo 01

Eixo 02

Área Alagada – 74ha.

Área alagada – 68,52 há

Altura – 17 metros

Altura – 18 metros

Comprimento – 206 metros

Comprimento – 254 metros

Armazenamento – 4,25 milhões de metros ³

Armazenamento – 3,52 milhões metros³

Edificações atingidas – 53

Edificações atingidas – 40

Custo estimado – R$ 14,85 milhões

Custo estimado – R$ 11, 5 milhões

A previsão é que com a construção das três barragens de pequeno porte previstas para o rio Perimbó, em Petrolândia, as estruturas de Braço do Trombudo e do Rio Taió, em Mirim Doce represem até 17 milhões de metros cúbicos de água. A ação ganhou destaque neste ano, embora as discussões tenham iniciado há quase seis anos. “Depois da enchente de novembro de 2008, surgiu a preocupação do então governador. Com as cheias de 2011, essa cobrança por ações de contenção foi ampliada. Foi quando surgiu a possibilidade de construção das barragens no Alto Vale”,  afirmou Moratelli.