Capacitação dos coordenadores regionais debate temas relacionados à gestão, prevenção e resposta

 dsc00401 O terceiro módulo do curso de capacitação dos coordenadores regionais de Defesa Civil possibilitou, desde quinta-feira (26), o aprendizado e a troca de experiência sobre áreas específicas de atuação nas coordenadorias. Foram discutidos temas como gestão de pessoas, transporte de produtos perigosos, trabalho da assessoria de imprensa em situação de desastres e a percepção de risco como ação preventiva nas comunidades. Esta terceira edição foi realizada na Secretaria de Estado da Defesa Civil, com carga horária de 16 horas, e contou com ministrantes do próprio quadro funcional da secretaria e convidados.

O cronograma iniciou com a apresentação do coordenador regional de Curitibanos, Djalma Santos Niles, que explicou os motivos para a criação da Coredec de Araranguá, quando era o responsável pela região. “A recorrência e diversidade de eventos adversos nas bacias do rio Araranguá e Mampituba fizeram pensar a Defesa Civil de forma mais regionalizada”. Niles ressaltou que a implementação da regional foi positiva, pois permitiu a integração com as coordenadorias municipais e o envolvimento colaborativo com outras instituições no desempenho de ações de prevenção e resposta aos desastres.
 
Logo após, o coordenador regional de Joinville, Antonio Edival, mostrou a importância do trabalho das Coredecs pelo exemplo de sua coordenadoria. Em 2010, dois dos 13 municípios no litoral norte catarinense apresentavam estrutura organizada de Defesa Civil. Atualmente a região conta com 11 em funcionamento. Edival também apontou para a necessidade da criação de Planos Diretores voltados à Defesa Civil e o incentivo que o regional deve exercer para potencializar o comprometimento por parte das prefeituras.
 
No fim das exposições, ocorreu a aula sobre motivação, liderança e articulação na gestão de pessoas, que ensinou técnicas de recursos humanos para aperfeiçoar as relações sociais no trabalho. Além disso, a consultoria jurídica da Defesa Civil esclareceu questões que permeiam o trabalho dos coordenadores. No período da tarde, a palestra sobre comunicação em desastres contou como é a relação entre imprensa e assessoria, e o papel da fonte no fornecimento de informações oficiais.
 
O período matutino foi exclusivo, nesta sexta-feira (27), para o curso sobre produtos perigosos. A identificação dos principais riscos envolvendo esse tipo de material, o regulamento exigido para o transporte, a classificação do produto, a gestão do risco e difusão de políticas públicas foram os temas apresentados, que envolvem diretamente a segurança viária, saúde pública e preservação ambiental. 
 
Pela tarde, o major Sérgio Murilo de Melo, convidado para o módulo, indicou os principais equívocos na percepção de risco e advertiu de como se deve compreender uma zona potencialmente perigosa à população. “A intensidade dos desastres não depende somente da magnitude do fenômeno adverso, mas, principalmente, do grau de vulnerabilidade do local do desastre e das pessoas atingidas”. Além disso, foram apresentadas as atividades e eventos relacionados a programação da Semana de Defesa Civil, que acontece em maio, e um esclarecimento de dúvidas que envolvem o setor financeiro, de prevenção e resposta.
 
Decreto – Em 13 de dezembro de 2011, o governador Raimundo Colombo assinou o decreto n° 728, que cria as 36 coordenadorias regionais de Defesa Civil (Coredecs) em Santa Catarina. Neste primeiro momento, 13 foram ativadas; as outras 23 coordenadorias serão ativadas gradualmente a partir do segundo semestre. Os coordenadores regionais atuam em todas as fases de defesa civil. 
 

Atribuições das Coredecs – executar os programas descentralizados da Secretaria Estadual, relacionados à prevenção, preparação e resposta aos desastres, além de orientar, de acordo com as normas e a legislação em vigor, a correta utilização dos recursos materiais e financeiros disponibilizados pela Secretaria a municípios atingidos por desastres. O coordenador regional também tem a função de promover e fomentar a discussão dos assuntos relacionados à proteção e defesa civil no âmbito de sua respectiva área de abrangência.