Defesa Civil cobra agilidade em conserto de peça do radar meteorológico de Lontras

A Secretaria de Estado da Defesa Civil montou uma equipe para trabalhar no reparo de uma fonte de alimentação do radar meteorológico instalado em Lontras, no Alto Vale do Itajaí. Esta fonte, que é um complexo circuito de conversão de potência, é extremamente necessária para o funcionamento do aparelho, que foi fabricado nos Estados Unidos.

O problema foi constatado no dia 19 de janeiro e, desde então, a Defesa Civil vem cobrando agilidade no conserto e trabalhando com os engenheiros da empresa fabricante do radar, a EEC, no diagnóstico das possíveis causas. Uma das hipóteses levantadas é uma descarga elétrica provocada por um raio durante uma tempestade. Apesar do sistema de pára-raios estar instalado conforme as normas técnicas da ABNT, dependendo da descarga elétrica, o raio ainda pode causar danos. Outra possibilidade é a fonte de alimentação ter algum defeito.

A Defesa Civil está fazendo uma investigação detalhada das possíveis causas e já fez o acionamento da garantia. A fonte é fabricada por uma empresa fornecedora da EEC. A nova peça foi encomendada e deve ser enviada ao Brasil nas próximas semanas.

Considerando o frete, desembaraço aduaneiro e a instalação, a expectativa é que até o final de março o radar esteja novamente funcionando. Devido à necessidade de colocá-lo rapidamente em operação, a Defesa Civil avalia se há alternativas de reduzir este prazo.

O problema, além de prejudicar a previsão de curtíssimo prazo para a emissão de avisos meteorológicos, atrasará a execução do contrato com a EEC, ainda vigente, estando prevista a última etapa da operação assistida para ocorrer em março de 2015 (prazo de entrega definitiva do equipamento que, no momento, opera em testes).

Na operação assistida, um técnico da EEC acompanha o funcionamento do radar durante um mês, tirando dúvidas e auxiliando no refinamento de filtros e configurações, além do desenvolvimento de produtos para o próprio radar. Segundo informações técnicas, a chance de radares meteorológicos apresentarem  alguma indisponibilidade é relativamente alta nos seus primeiros meses de operação. Para evitar que outros problemas aconteçam, a Defesa Civil vem trabalhando desde outubro de 2014 com a contratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva e aquisição de peças sobressalentes.

A manutenção preventiva e corretiva visa manter o radar nas melhores condições possíveis de funcionamento e obter o reparo rápido sempre que surgir algum problema. Já a aquisição de peças sobressalentes visa a substituição imediata quando houver necessidade, principalmente pelo fato do fornecedor do equipamento ser uma empresa estrangeira. Apesar do radar estar coberto por dois anos de garantia é necessário possuir um estoque destas peças para que a substituição seja o mais ágil possível, evitando atrasos com fornecimento, transporte e desembaraço aduaneiro.

 

Além disso, meteorologistas da Epagri/Ciram estão sendo capacitados para a utilização dos dados do radar. A Defesa Civil também irá implementar, este ano, um sistema de envios de avisos e alertas a fim de agilizar a comunicação utilizando múltiplas ferramentas e protocolos, tais como, SMS com referência geográfica, APP para aplicativos Android e IOS, site e mídias sociais.

O radar meteorológico é peça fundamental para o monitoramento das condições adversas e para a emissão de alertas e alarmes de desastres. Porém, são utilizados, também, modelos matemáticos, imagens de satélite, estações hidrometeorológicas, etc. Na ausência do radar, os trabalhos de emissão dos avisos continuam a acontecer entre as defesas civis de Santa Catarina.

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