DRENAGEM DO RIO CAMBORIÚ JÁ FEZ A DIFERENÇA

Vazão Rio Camboriú  AV MG Maré alta1

            O trabalho da Defesa Civil do Estado de Santa Catarina em 2013 já fez a diferença em alguns municípios. É o caso de Camboriú, cidade com histórico recorrente de alagamentos em alguns pontos nos últimos anos.

Depois de um trabalho de dragagem com um investimento de R$ 450 mil do rio Camboriú no mês de julho, os impactos das fortes chuvas que assolaram o estado no mês de setembro, foram minimizados e em muitos pontos, completamente extintos.

              De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil Milton Hobus, esse é um exemplo de que a prevenção funciona. “Essa obra serve de exemplo para os demais municípios que geralmente são afetados pelas cheias. Se a obra não tivesse sido executada, Camboriú  seria mais uma cidade prejudicada em Santa Catarina “, ressalta.

            Segundo a coordenadora municipal de Defesa Civil Carla Krug, mesmo com as fortes chuvas, as ruas do centro e de alguns bairros, sequer alagaram, colocando a prova o trabalho realizado. O bairro Monte Alegre, de acordo com a coordenadora, teve oito ruas alagadas, mas ele é banhado pelo rio Peroba, local que sofre com o acúmulo de lixo, terra e ocupação imobiliária desordenada.

            E nesta segunda-feira (30), o desassoreamento do rio Peroba teve início e deve seguir até o final de semana. O trabalho está sendo realizado com auxílio de uma escavadeira hidráulica, disponibilizada pela Defesa Civil Estadual e coordenado pela Defesa Civil do Município. A draga flutuante continua os trabalhos no rio Camboriú e Tererê, 80% do trabalho já foi realizado. Os rios Canoas e Pardo já estão com o trabalho de desassoreamento concluído.

Confira as ações do Pacto pela Defesa Civil que estão em andamento:

Ações de Melhoramento Fluvial no Rio Itajaí-Mirim

Os Rios Itajaí-Açu e Mirim se encontram e deságuam no Oceano Atlântico, em Itajaí, é por isso que os efeitos da enchente são tão catastróficos na região do Litoral Norte. Entre as medidas que serão adotadas para evitar o refluxo no Itajaí-Açú e retardar a chegada da água que vem de Brusque, estão a construção de comportas, diques e o melhoramento fluvial do Rio Itajaí-Mirim.

A comporta que hoje funciona próximo à BR 101 será transferida para uma área mais próxima do canal de retificação e a outra à jusante da ponte Nova Brasilia, em Itajaí. Também está prevista a elevação das margens do Itajaí-Mirim, dessa forma as águas são escoadas diretamente pelo canal retificado, que possui seção maior e calha mais alta, evitando que as comunidades próximas, como Cordeiros e São Roque, sejam atingidas. Também serão implantadas medidas como a criação de um sistema redutor da velocidade das águas, desassoreamento e aprofundamento do canal original e de retificação do Itajaí-Mirim e a criação de canais extravasores. O investimento total será de R$ 94 milhões, R$ 44 milhões para as comportas e os outros R$ 50 milhões para as ações de melhoramento fluvial. Os recursos virão do Ministério da Integração Nacional.

 Construção de uma barragem de médio porte no Rio Itajaí-Mirim, em Botuverá

A construção da estrutura vai dar mais proteção às regiões de Brusque e Itajaí. Considerada de médio porte, a barragem poderá armazenar até 15,7 milhões de metros cúbicos. De água. O investimento do Estado será de R$ 95 milhões, financiados pelo Banco do Brasil.

O Estado prevê ainda que a barragem possa gerar energia e a água armazenada seja utilizada para irrigação, consumo animal e humano. A barragem vai reter parte da água que vem do rio Itajaí-Mirim, o que deve atrasar a chegada da água em Brusque e, consequentemente, em Itajaí, no caso de uma enchente.

Melhoramento de rios e construção de cerca de cinco pontes

(Taió, Timbó e Rio do Sul)

Medidas como o desassoreamento, aprofundamento e alargamento devem reduzir os efeitos das cheias. Os recursos estão disponíveis para estudos e obras de engenharia nas três cidades, mas, por enquanto, os trabalhos serão executados em Taió, onde o Rio Itajaí do Oeste passará por desassoreamento, alargamento e aprofundamento da calha, além da construção de diques e reconstrução de pontes, ao longo de uma extensão de 3,7 quilômetros. O investimento previsto é de R$ 110 milhões, com recursos do Estado, financiados pelo Banco do Brasil.