Estado monitora formação de Ciclone subtropical

A Defesa Civil de Santa Catarina e meteorologistas da Epagri/Ciram trabalham no monitoramento da formação de um Ciclone Subtropical, no oceano. O Fenômeno se desloca do Litoral de São Paulo, em direção ao Sul do País. A previsão é que os possíveis efeitos cheguem a Santa Catarina no início desta semana e possam se prolongar até quinta-feira, 12. Os efeitos devem ser sentidos mais na Grande Florianópolis e Região Sul do Estado.

De acordo com o Diretor de Prevenção da Defesa Civil de Santa Catarina, Fabiano de Souza, o ciclone que se aproxima do Estado tende a influenciar com chuva concentrada, ressaca e ventos fortes. “Estamos monitorando em tempo integral. O cenário mostra uma movimentação do ciclone para o alto mar. No entanto, os boletins são emitidos diuturnamente, para evitar surpresas. As defesas civis locais também foram orientadas a emitir avisos e alertas, principalmente na faixa litorânea,” disse.

O ciclone em formação deverá ser denominado de Cari, pela Marinha do Brasil, não é o primeiro neste ano. Em fevereiro, outro semelhante com nome de Bapo passou pela costa brasileira. Ao contrário do Bapo, o que está em formação tem previsão de se aproximar mais da costa de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, oferecendo risco especialmente à navegação e atividades de pesca, devido aos ventos fortes e condições de mar muito agitado. Entre terça e quarta-feira, o vento do quadrante sul fica persistente e mais intenso, gera ondas altas de até 3 metros junto à costa.

A orientação da Gerência de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil é o acompanhamento das atualizações no site da Defesa Civil e Redes Sociais. Conforme as previsões do Ciram, por influência de um ciclone subtropical no oceano, a média diária prevista é de 20 a 40 mm no Litoral com pontuais de 80 à 100 mm, entre Florianópolis e o Litoral Sul. Embora não estejam descartados volumes superiores a 100 mm em algumas cidades, com risco de alagamentos e deslizamentos. 

Ventos:

Os ventos ficam mais intensos e persistentes no Litoral de SC, de quadrante sul e acima de 60 km/h (vendaval), com rajadas podendo superar este valor. Essa condição deixa o mar muito agitado entre Florianópolis e o Litoral Sul, com ondas em torno de 2,5 a 3m.

Nesta primeira imagem a seguir, é apresentada a tendência de possível trajetória do ciclone Cari. Deslocamento diário em acompanhamento entre os dias 09 e 16/03/2015.

Ciclone Sul Brasil Cari 09 a 12.03.2015

 
Esta outra imagem, indica a circulação dos ventos em superfície através do Modelo de Previsão GFS, para a quarta-feira (11) às 09h da manhã.

Ciclone Cari 09 a 12.03.2015 Modelo de Previsão GFS

 

AVISO METEOROLÓGICO – Fonte: Epagri/Ciram

Nesta segunda, 09 e terça-feira, 10, ocorre chuva mais intensa no Litoral por influência de um ciclone subtropical no oceano. Média diária de 20 a 40 mm no Litoral com pontuais de 80 a 100 mm, entre Florianópolis e o Litoral Sul com pontuais de 80 a 100 mm, podendo superar 100 mm em algumas cidades, com risco de alagamentos e deslizamentos.

Na quarta, 11 e na quinta-feira, 12, ainda ocorre chuva no Litoral, especialmente no Litoral Sul onde se espera pontuais de 30 a 50 mm.

RISCO PARA O MAR: entre terça (10) e quarta-feira (11/03), os VENTOS ficam mais intensos e persistentes no Litoral de SC, de quadrante sul e acima de 60 km/h (vendaval), com rajadas podendo superar este valor. Essa condição deixa o mar muito agitado entre Florianópolis e o Litoral Sul, com ondas em torno de 2.5 a 3.0 m próximo à costa de terça (10) a quinta-feira (12), com risco de ressaca especialmente na quarta e quinta-feira, desfavorável a navegação e atividades de pesca. 

Recomendações da Defesa Civil SC

Alagamentos/inundações: evitar o contato com as águas e não dirigir em lugares alagados. Evitar transitar em pontilhões e pontes submersas e cuidado com crianças próximas de rios e ribeirões.

Deslizamentos/Escorregamentos de terra: deve ser observada qualquer movimento de terra ou rochas próximas a suas residências, inclinação de postes e árvores e rachaduras em muros ou paredes. Neste caso, é recomendável que a família saia de casa e acione a Defesa Civil Municipal ou o Corpo de Bombeiros.

Ressaca: proteger embarcações e apetrechos de pesca e maricultura. Atenção para edificações, infraestruturas e vias em áreas de vulneráveis à erosão e inundações costeiras. Perigo a navegação e a atividade de pesca.