Inverno seco e frio em Santa Catarina

O inverno começou nesta segunda-feira (21), no Hemisfério Sul, às 08h28. E a estação será influenciada pela La Niña, que deve se estabelecer nos próximos meses, estendendo-se para o período de primavera. Isto significa que, nos demais meses de inverno, julho e agosto, será verificado um padrão semelhante ao que vem sendo observado em junho: chuvas pouco frequentes, intercaladas por longos períodos de sol. Especialmente no Oeste e Meio-Oeste, as chuvas ficarão abaixo da média climatológica. Nas demais áreas do estado, Planalto, Vale do Itajaí e Litoral, a precipitação ficará entre a média e abaixo da média climatológica.

Fonte: Ciram (www.ciram.com.br)

Com relação à temperatura, a previsão é de um inverno típico em Santa Catarina, com atuação de massas de ar polar de frequência média semanal, provocando temperaturas negativas e geada nas áreas mais altas do estado. Nestes meses, a temperatura mais baixa favorece a ocorrência de neve nas áreas altas do Planalto Sul, quando há umidade suficiente.
 
Retrospectiva do Outono 2010 
 
Ao contrário do outono de 2009, que foi seco e mais quente do que o normal em SC, o de 2010 foi chuvoso e um pouco mais frio do que o esperado para a estação, com muitos dias nublados e poucos dias de sol. O comportamento da chuva, acima da média climatológica e bem distribuída no tempo e no espaço, pode ser associado à influência do fenômeno El Niño, que mesmo em estágio de enfraquecimento, ainda manteve os sistemas meteorológicos bem ativos no Sul do Brasil.
 
Nestes meses de outono, os sistemas meteorológicos que mais chamaram atenção dos meteorologistas foram os vórtices ciclônicos em médios e altos níveis da atmosfera, responsáveis por boa parte da chuva acumulada nestes meses, provocando alagamentos, e os ciclones extratropicais,  responsáveis por ventos fortes na faixa litorânea e condições adversas no mar, com  ressaca, dificultando as atividades de pesca e navegação.

O frio mais intenso chegou em maio, mesmo assim sem registro de temperaturas negativas e com ocorrência de geada somente nas áreas altas do Planalto Sul, devido ao predomínio de dias nublados. Em junho, no entanto, atuaram massas de ar frio e seco, favorecendo o registro de temperaturas próximas de zero grau na madrugada, com episódios de geada em áreas mais amplas do Estado e em períodos mais prolongados. Nos primeiros 20 dias de junho, foram 12 dias com ocorrência de geada. Com isto, o padrão de chuva no Estado mudou significativamente a partir de junho. Diminuiu a frequência das chuvas e os totais ficaram bem abaixo da média nos primeiros 20 dias do mês, especialmente no Oeste e Meio-Oeste.