Primeira Barragem de múltiplo uso tem local de construção definido.

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O local onde será construída a barragem de Botuverá foi definido durante uma reunião realizada no município, nesta quinta-feira, 10.  Participaram do encontro o Secretário de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, Rodrigo Moratelli, o coordenador de projetos da SDC, Paulo Eli, o Prefeito de Botuverá, Nene Colombi, representantes da Casan, Celesc e engenheiros da empresa executora do projeto. De três pontos apresentados, o escolhido foi o eixo 02, na localidade de Areia Baixa, a 15 km distantes do centro de Botuverá. “O local foi bem estudado e o que causa menor impacto e melhor resultado nas ações de prevenção, que é o fator primordial da construção”, enfatizou Moratelli.

A barragem de Botuverá é considerada de médio porte. Será a primeira do Brasil a ter utilização múltipla. A estrutura oferecerá geração de energia elétrica. A capacidade estimada com a estrutura projetada seria de 1,65 Megawatts. A iniciativa vai conter cheias em cidades como Brusque, Itajaí e Balneário Camboriú. A estrutura terá capacidade para armazenar 15,7 milhões de metros cúbicos de água. A expectativa é que a vazão máxima do Rio Itajaí Mirim, em Brusque seja reduzida de 720 m³/s. para 570m³/s. A água represada será destinada para consumo animal e humano, com água potável, que poderá atender Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. “Além das funções da barragem ela vai gerar o turismo, temos que nos preparar vai ter bastante gente trabalhando. Que corra tudo bem. É uma obra que não é prioridade de Botuverá, mas vai ajudar toda região. Está se colhendo os frutos da grande preservação que Botuverá fez. Vamos minimizar as cheias na região”, disse Colombi.

Segundo os estudos feitos pela Empresa responsável pela apresentação do anteprojeto da Barragem de Botuverá, a área da bacia hidrográfica até o local definido para o barramento é de 630km². O projeto prevê a construção em concreto compactado a rolo, com 37,6 metros de altura máxima. No entanto, a profundidade é de 16,6 metros com 3,5 km de extensão. O empreendimento é uma das etapas do sistema de prevenção anticheias, que teve início, em 2009, com o passo inicial do Projeto JICA.

O Governo do Estado vai investir na obra cerca de R$ 115 milhões. Os recursos são provenientes de financiamento com o Banco do Brasil. Com o local definido, o próximo passo é a elaboração do Projeto executivo, que deve ficar pronto até julho deste ano. Após esse período, será realizada a licitação para a execução da obra, que deve ser finalizado no final de 2016.

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