Mais quatro municípios decretam estado de calamidade pública e chuvas já afetam 927 mil em SC

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Nos municípios catarinenses atingidos pelas chuvas, o sábado (10) foi marcado pelo cenário da destruição, com ruas e casas arruinadas. A situação se agravou e mais quatro cidades decretaram estado de calamidade pública durante o dia, aumentando a lista para seis. Ao total, as chuvas já afetam 927 mil catarinenses, desalojando 153 mil e desabrigando 14 mil e duas mortes confirmadas.

Foto: James Tavares / SECOM

Os municípios que decretaram estado de calamidade pública neste sábado foram o de Agronômica, Aurora, Ituporanga e Presidente Getúlio, todos no Vale do Itajaí. Brusque e Rio do Sul já haviam decretado a situação na sexta-feira (9), além de 37 municípios estarem em situação de emergência.

O governador Raimundo Colombo, que liberou R$ 10 milhões de forma emergencial para compras de emergência e limpeza dos 91 municípios atingidos, esteve nas cidades de Rio do Sul, Blumenau, Itajaí e Brusque. Em Rio do Sul, o governador afirmou que vai realizar a reunião com os prefeitos para definir as primeiras ações de reconstrução. “Neste primeiro momento, temos que ajudar as pessoas e trabalhar para ter o menor número de atingidos possível. Depois vamos levantar os prejuízos e apoiar todos os municípios”, planeja.

Palavra é reconstrução – Vassoura, rodo, carrinho de mão, lágrima no rosto e a vontade de reconstruir a casa e a própria vida. Com a água já em situação baixa, os atingidos pelas chuvas passaram o dia limpando suas residências ou lojas, sempre com a voz embargada ao relembrar os momentos de tensão que sofreram nos últimos dias. Em Aurora, um dos municípios que decretaram estado de calamidade pública nesta sexta-feira (10), pontes desabaram, deixando vilas isoladas, e até um bezerro não resistiu à força das águas.

Com as casas construídas às margens da rodovia SC-302 e do Rio Itajaí-Açu, Elza Cardoso e Loreneti Nahring passaram pelas mesmas situações, mas tiveram resultados um pouco diferentes. A água do rio chegou a aproximadamente quatro metros nas duas residências, mas apenas a de Loreneti resistiu desde a subida do rio na última quinta-feira (8). A maioria dos bens materiais foi retirado, mas paradas em frente ao local em que vivem há aproximadamente 20 anos, as catarinenses não se conformavam com o cenário. “Não adianta mais reclamarmos, temos de trabalhar para superar novamente as dificuldades”, sentenciou Loreneti.

Em Ituporanga, outro município que decretou estado de calamidade pública nesta sexta-feira (10), a principal rua do comércio estava fechada apenas para os comerciantes limparem suas lojas. Proprietário de uma loja de calçados e roupas, Getúlio Beckhauser estava surpreendido de como a chuva foi intensa nestes dias. Em 1983, outra tragédia que se recorda dessa proporção, Beckhauser afirma que chegou a 20cm e agora superou a marca de 1,3m. “Não esperávamos uma chuva como essa. Eu divido os materiais no segundo andar e em balcões de 0,5m. Infelizmente, perdi os materiais que coloquei nos balcões e os próprios balcões”, lamenta o empresário, que calcula um prejuízo de mais de R$ 100 mil.

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