Técnicos da Epagri, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável e Coordenadores Municipais e Regionais de Defesa Civil, receberam orientações técnicas quanto a participação nos projetos e as diretrizes para otimizar e ampliar a rede de monitoramento em todo o país.
A pesquisadora do CEMADEN, Silvia Saito falou da importância desta parceria entre os estados brasileiros na implantação desses equipamentos nas cidades, já que os pluviômetros são ferramentas que precisam ser utilizadas não somente por profissionais técnicos e pessoas ligadas às Defesas Civis, e sim, uma ferramenta para a comunidade.
São dois tipos de projeto com objetivos e características bem diferentes.
O projeto "Pluviômetros Automáticos" prevê a instalação de pluviômetros telemétricos que transmitem os dados de chuva através da telefonia celular. O equipamento deve ser instalado em locais seguros que estejam próximos a áreas de risco, tanto geodinâmicos (deslizamentos e escorregamentos), como hidrológicos (inundações, enxurradas e alagamentos).
Serão instalados até o final do mês de fevereiro de 2014, 1.400 equipamentos em 362 municípios que atualmente fazem parte da base de monitoramento do CEMADEN.
Já no projeto “Pluviômetros nas Comunidades” o objetivo da instalação está intimamente ligado à introdução da cultura da percepção de riscos e desastres naturais entre a população que vive nas áreas de risco, fortalecendo o enfrentamento em eventos adversos. Dessa forma, a distribuição de pluviômetros semiautomáticos, que medem a quantidade de chuva, podem ser operados por moradores, membros de entidades e estudantes especialmente treinados para monitorar e fazer a leitura das informações hidrometeorológicas.
Serão distribuídas 1.100 unidades desse modelo de pluviômetro às entidades cadastradas até o final de 2013.
O secretário de Estado da Defesa Civil Milton Hobus considera os projetos peças importantes na conscientização e formação da população, principalmente de quem vive nas áreas de risco, quanto a interpretação dos dados que os pluviômetros, principalmente os semiautomáticos, vão fornecer. “O Estado está fazendo investimentos importantes em todas as cidades na área de prevenção, mas de nada adianta se as pessoas não estiverem preparadas para os momentos de desastre, e para isso, elas precisam saber o que fazer com as informações que vão chegar até elas”, ressaltou Hobus.
Em Santa Catarina, são 46 municípios monitorados pelo CEMADEN e que tem prioridade de participação dos projetos, além desses, que já foram selecionados com base na recorrência de desastres por deslizamentos e enxurradas, outros municípios catarinenses podem se inscrever e obter mais informações sobre o projeto através do site: www.cemaden.gov.br.
A Secretaria de Estado da Defesa Civil é parceira dos projetos e estará apoiando ambos na mobilização das Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil.