Referência Nacional em tempestades severas, Dr. Ernani Nascimento – UFSM trata do contexto, relacionado a atuação da meteorologia.
“Para que um tornado ou microexplosão seja identificado com antecedência é necessária uma questão de sorte, visto que é preciso que a tempestade passe exatamente por cima de um local que possa identifica – lá.”
Principalmente no Oeste da região Sul do Brasil é possível identificar as tempestades, através de registros de ocorrências. Dados são medidos através da velocidade dos ventos, ou então ir atrás das tempestades, com um sistema móvel, parecido com o utilizado nos EUA, esse sistema foi desenvolvido para pesquisa apenas.
A estrutura fina das tempestades só são possíveis identificar através de radares. Conforme a distancia do radar aumenta a elevação da varredura do radar. Ou seja, é como se fosse um cone de cabeça para baixo. Quando se afasta do radar, vai se perdendo o que acontece em níveis mais baixos, próximos do solo.
As supercélulas são o tipo de tempestades localizadas mais comuns. É possível acontecer uma divisão de célula, ou seja, de uma célula surgem duas, e assim, vão para diferentes direções, e é importante destacar que a célula da esquerda irá ganhar mais força. Nem toda tempestade de supercélula irá se transformar em um tornado.
Bow Echos – macroexplosões ou seja, linha de tempestade de ventos muito intensos em forma de arco. A principal ameaça não é um tornado, e sim a rajada de vento que ele provoca na superfície. É igual uma microexplosão, mas atinge uma área bem mais ampla.
O que determina a precisão feita pelo radar é o volume, distância e tamanho do eixo do radar. Quanto maior é o volume alcançado pelo radar, maior é a distância e menor é a resolução. Ou seja, conforme a distância vai aumentando, diminui a capacidade de determinar o tornado. É preciso estar muito próximo do evento. Mas não é necessário identificar o tornado para que seja feito o alerta.
“é importante a gente conhecer algumas limitações que apresentam o radar”
É importante investir na analise de danos, pois muitos eventos que acontecem são noturnos, então é através desta analise que será possível registrar o fenômeno. Não é possível fazer uma analise de danos em pouco tempo, nem sempre é possível fazer esse trabalho só com fotos. É um processo demorado de investigação para que aconteça êxito na resposta.
“não pode ter vergonha de dizer que não sabe o que aconteceu, será necessário que espere alguns dias”
A microexplosão e o tornado tem danos muito parecidos, e por isso é essencial uma grande analise.
É essencial também o treinamento da população, para que quando ela receba um alerta saiba exatamente o que fazer.