Foto: Cleiton Ferrasso/ Ascom SDC
Nesta quinta-feira (2), o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, visitou as barragens no Vale do Itajaí. O roteiro iniciou pela manhã na barragem Sul – Ituporanga- no local onde será feito o ato de entrega das obras de sobrelevação. O evento está marcado para dia 17, a partir das 13h, com a presença do presidente da República Michel Temer e do governador Raimundo Colombo. Na parte da tarde, o grupo seguiu para a barragem Oeste, em Taió.
Um grupo de jornalistas de Florianópolis e da região do Vale acompanhou a visita do secretário nos locais. Na oportunidade, Moratelli explicou a funcionalidade das barragens. “Agora com a sobrelevação das duas barragens junto com a barragem Norte de José Boiteux, são 560 milhões de metros cúbicos de água armazenados e 810 mil catarinenses protegidos aqui no Vale”, diz.
Além disso, ele explicou todo o projeto da Defesa Civil SC feito pela Jica projetado para execução de 40 anos. “A partir dos estudos da agência japonesa, o Estado tem feito sua parte. Isso é um projeto que estamos realizando e um compromisso que os próximos gestores deverão dar sequência”, afirma Moratelli.
Barragem Sul
A barragem Sul foi sobrelevada em 2 metros de altura no barramento aumentando para 31 metros. Isso representa 110 milhões de metros cúbicos de água do rio Itajaí do Sul retidos. Também foi construído um canal extravasor que aumenta a vazão de água e ajuda no escoamento da água. Moratelli explica que o tempo de esvaziamento diminuiu para sete dias, somando as comportas e o canal extravasor.
Barragem Oeste
A barragem Oeste, em Taió, também foi sobrelevada em 2 metros, passando para 23 metros de altura o barramento. Ela também recebeu um canal extravasor que ajuda no escoamento da água. O tempo de esvaziamento também diminuiu para apenas 7 dias. O canal tem vazão equivalente a todas as comportas abertas. A capacidade de armazenamento da barragem subiu para 100 milhões de metros cúbicos de água.
Obras de prevenção projetadas
As obras estruturais de prevenção no Vale foram projetadas nos estudos da JICA. A partir do plano, o governo de Santa Catarina pôs em prática as ações que não param por aqui. O conjunto de ações para minimizar os efeitos de cheias no Vale do Itajaí ainda prevê: melhoramento fluvial, dragagem e derrocamento (limpeza de pedras de dentro do rio); construção de diques (pequenos muros na beira do rio), pôlder e túneis; canal extravasor e pequenas barragens de contenção. Todas as ações terão investimentos do governo do Estado e do governo Federal.
Sistema de proteção e Defesa Civil
Além das obras estruturais, até o final de 2017 o território de SC estará coberto por radares meteorológicos. Um já está operando em Lontras, que auxilia na previsão de curto prazo e também na operação das barragens. Outro será instalado em Chapecó, no Oeste e outro móvel no Sul Também é necessário a cultura de prevenção da população para maior resultado em conjunto com as obras estruturais.
Também está em construção um Centro Integrado de Gestão de Riscos e Desastres que interligará com 20 centros regionais em SC. Já está em testes o sistema de notificação de emergência via SMS para 20 municípios pilotos e que será expandido para todos os catarinenses a partir de agosto deste ano. Ainda, outra platarma que irá somar nos alertas é o sistema Google Now que inicia em 8 de maio.
No relatório apresentado pela JICA, mostra que as obras de sobrelevação das barragens Oeste e Sul tornarão necessárias para planos de enchentes de 25 e 50 anos. As chamadas grandes enchentes. Elas servem para reduzir o risco de transbordamento do vertedouro.