Workshop do Monitoramento Climático se consolida entre Estados do Codesul

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Foto: Divulgação-SDC/SC

O Workshop de Monitoramento Climático chega a sua terceira edição. O evento realizado, em Florianópolis, contou com a participação de representantes dos Estados do Codesul, como Paraná e Santa Catarina. Estavam previstas as participações de representantes do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Para o Secretário de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, Rodrigo Moratelli, o workshop, é a oportunidade de chegar a um consenso sobre informações climáticas. “Temos evoluído. Nem sempre as falas estão afinadas, e, isso é possível alcançar, graças ao evento, que reúne tantos Estados e diferentes pensamentos e tecnologias”, disse. 

Os trabalhos tiveram início às 9h30, com a abertura oficial e logo em seguida, meteorologistas do Paraná e Santa Catarina realizaram apresentações sobre as condições climáticas para os próximos meses.  Segundo, Cézar Duquia, do Simepar, o tempo deve se manter com instabilidades no alto do verão, no Paraná. “Teremos alguns momentos de chuva intensa, no entanto as temperaturas devem seguir em elevação”, pontuou.

GIlsânia Cruz, do Ciram, garantiu que a previsão para o próximo trimestre deve seguir os padrões. Em relação a alterações mais consideráveis para o período, preferiu assegurar que a dados sejam afinados com todos os profissionais do Estado. “Poderemos ter um cenários mais próximo da realidade, com a realização do Fórum Climático Trimestral, que ocorre na sexta-feira”, destacou.

Os profissionais asseguraram ainda que o El Niño que estava em fase de configuração já no fim do primeiro semestre, ainda não ganhou destaque. A formação pode influencia de forma fraca em Santa Catarina, mas ainda não há como saber quando isso vai ocorrer. Os profissionais afirmaram que é necessário fazer um acompanhamento, já que 41% aponta que o fenômeno pode se manter na neutralidade, 58% que deve ser fraco a moderado. No entanto as temperaturas podem ficar acima de média.

Clima Sul, que diz respeito as ações que são desenvolvidas nos Estados da Região. Entre as práticas estão investimentos de prevenção, monitoramento, pesquisa, tecnologia, workshops e integração dos sistemas de monitoramento dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.  Cesar Benetti, do Simepar, salientou os investimentos já feitos, em aquisição de radares meteorológicos, da importância dos encontros já realizados, em 2014, sendo que dois foram em Santa Catarina. Ele destacou ainda que as informações devem ser globalizadas entre as Defesas Civis, Órgãos Oficiais de Meteorologia, com o objetivo de manter a população informada sobre qualquer alteração no tempo, como forma de reforçar a prevenção em todos os municípios.

No período da tarde, o Tenente Coronel, Edmilson de Barros, apresentou os Protocolos de Monitoramento do Paraná, que incluem Estados de Normalidade, Atenção, Alerta e Alarme e que possibilitam o entendimento por parte de gestores de proteção e defesa civil e a própria comunidade sobre o evento que está prestes a se instalar em uma determinada região.

Já o Gerente de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Santa Catarina, Frederico Rudorff, apresentou a ferramenta de monitoramento , chamada de Protocolos de Alertas Comuns, como possibilidade de incorporar entre os Estados, para uma mesma linguagem, já que não existe um modelo compactuado entre os Estados do Codesul. O sistema visa padronizar, boletins, textos simplificados e disseminação pelos mais diversos meios de comunicação, incluindo redes sociais. A ideia é agilizar o repasse de informação a população para que ações sejam tomadas para evitar perdas e danos mais complexos, diante de cenários de desastres naturais.

Ainda na tarde dessa terça-feira, foi discutido o Pacto de Auxílio Mútuo do Codesul, que tem como princípio, uniformizar apoio logístico e humano, quando uma área é afetada e outras livres de crise sejam parceiros. As ações seriam entre municípios do mesmo Estado interestadual. Embora, a medida necessite de uma Legislação específica. Para isso, os Governadores devem receber o documento, para possível apresentação de um projeto sobre a temática.

Uma agenda conjunta foi desenvolvida para o ano que vem, que inclui Estados do Codesul, com encontros trimestrais, em cada Estado diferente após a realização do Fórum Climático, que define a previsão do tempo trimestral. Uma novidade nesta edição foi a participação de coordenadorias municipais de proteção e Defesa Civil e que as próximas edições devam ter portas abertas para outros grupos da sociedade.

Com as atividades encerradas, ficou agendada para o final do mês de março, o próximo Workshop. No entanto, o local será definido, entre os Estados envolvidos.