Auxílio emergencial é enviado pela Defesa Civil a indígenas de José Boiteux

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Foto: Divulgação SDC/SC

A Defesa Civil de Santa Catarina cumpre parte do acordo firmado com indígenas de José Boiteux. O Acordo firmado em Brasília foi de que a cada operação necessária na Barragem Norte em período de cheia, o Estado destinaria  auxílio emergencial, como cestas básicas as famílias da comunidade indígena La Klãnõ.

Neste domingo, 18, um carregamento com 582 cestas básicas foi levado para o município. Uma destinada para cada família das aldeias. O material foi levado até algumas das aldeias locais e entregue diretamente aos indígenas.

De acordo com o Secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, houve o monitoramento, acompanhamento e técnicos já vistoriaram os equipamentos da casa de máquina. Um relatório vai ser emitido sobre a vistoria. Segundo Hobus, Estado e indígenas buscam o melhor caminho para solucionar as reivindicações. “Vamos acompanhar o cenário e exemplo claro foi durante essas chuvas, que podemos observar a necessidade de operar o barramento. Não houve necessidade, mas se precisasse tínhamos autorização da comunidade La Klãnõ,” destacou.

Milton Hobus destacou ainda que as ações de operação se forem necessárias, não vão interferir na manifestação da comunidade que poderá manter seu manifesto, conforme acordado em Brasília.

O Secretário lembrou ainda que há cerca de 30 anos, a comunidade pede melhorias, mas que apenas há um, a Defesa Civil assumiu buscar solução para o impasse e que o processo avançou muito. “Queremos ajudar e para isso precisamos do apoio deles (indígenas) também,” falou Hobus.

Além dessa etapa consolidada, ficou firmado que na próxima semana, o governo de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado da Defesa Civil entregará a Secretaria de Patrimônio da União – SPU, o documento que demarca a área de lago e segurança da barragem em José Boiteux.

Além disso, até o final deste ano, será apresentado a Funai e lideranças indígenas o Projeto para melhorias e manutenção das estradas vicinais. Entre as prioridades estão as áreas de alagamento apontadas pela comunidade.

Será apresentado também ao governo federal, estudo de impacto socioambiental do barramento.  O objetivo é atualizar os dados sobre o empreendimento. O documento prevê ainda subsidiar ações mitigatórias. Estão inclusos o canal extravasor, pontes e obras complementares. Para isso será buscado apoio financeiro do Ministério da Integração Nacional.

Serão construídas 17 casas para situações consideradas emergenciais. O padrão será o mesmo já executado pela SDC, em Santa Catarina, o kit casa modular. O levantamento das famílias será feito em parceria entre Defesa Civil, Funai, Secretaria Geral da Presidência da República e Ministério da Justiça, Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal e representantes da comunidade indígena. O número inicial pode sofrer alterações.

Questões sociais e de saúde pública também serão discutidas entre instituições públicas de cada área, inclusive prefeitura de José Boiteux.