Japoneses do Projeto Gides encerram trabalho em Santa Catarina

 

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Fotos: Cleiton Ferrasso/ Ascom SDC

O projeto Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais (GIDES) encerrou nesta sexta feira , 20, em Blumenau/SC. O ato contou com a presença dos japoneses responsáveis pelo programa, defesa civil estadual e municipal. Iniciado em 2013, o objetivo foi desenvolver metodologias de redução e mitigação de desastres.

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Após o desastre de 2008 no Morro do Baú, o município de Blumenau serviu de piloto para a implantação do estudo em Santa Catarina. No Estado catarinense, é perceptível a os traços de mudança. É o que afirma o chefe da equipe japonesa do Gides, Takao Yamakôshi.

“Houve uma mudança de mentalidade. Eu concluo dessa forma porque as pessoas que foram ao Japão no treinamento comentam que anteriormente cada um pensavam por si e após os cursos eles entenderam que todos os envolvidos em várias áreas atuam em conjunto de forma integrada e articulada. Isso aumenta a eficiência das atividades no trabalho de prevenção de acidentes”, avalia Yamakôshi.

Entre os projetos de prevenção que a Defesa Civil SC está realizando destacam-se o Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd) junto com outros 20 Centros Regionais; implantação do radar do Vale (Lontras); radares Sul (móvel) e Oeste (Chapecó); Modelagens atmosférica, hidrológica e geológica; mapeamento de áreas de risco geológico; Plano de Contingência nos 295 municípios; Plano de Ação Coordenada; Plano de Auxílio Mútuo; sistema de alertas; apoio na elaboração do plano de contingência municipal; intercâmbio no Japão para adquirir conhecimento técnico; Notificação de Emergência via SMS.

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Agora com a finalização do trabalho da equipe japonesa, Santa Catarina pretende ser modelo  em prevenção aos desastres e expandir o exemplo para outros municípios. É o que explica o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli.”Temos um grande exercício que é colocar isso em prática em sua totalidade. Finalizando esse projeto a gente continua com a grande parte das ações a serem tomadas porque a partir deste acordo de cooperação internacional nasce uma nova realidade para o Estado Catarinense”, comenta Moratelli.

O secretário acrescenta que a Defesa Civil precisa ser um órgão transverso no Estado. ” A gestão de Riscos de desastres não está somente na Defesa Civil. A prevenção deve estar presente em todos os setores para que possamos minimizar as perdas”, conclui.

  1. Projeto Gides

O Projeto Gides é coordenado pela Jica, composto por especialistas brasileiros e japoneses na área. Criado em 2013, em parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Jica numa reaproximação do Governo Federal e o Governo Japonês (No âmbito federal o Ministério da Integração, Ministério das Cidades, Ministério da Ciência Tecnologias e Inovação, e Ministério de Minas e Energia). Participam do Projeto o município de Blumenau (SC), Petrópolis (RJ) e Nova Friburgo (RJ), considerados municípios que mais sofreram com as consequências dos desastres naturais de 2008 e 2011. 

Objetivo
Redução dos riscos de desastres geológicos através de medidas preventivas não estruturais. Os principais resultados são: melhoria dos sistemas de avaliação e mapeamento de riscos, previsão e alerta e também o planejamento urbano na atuação de prevenção de desastres. Tais melhorias serão efetivadas após a elaboração e validação de manuais técnicos, que serão aplicados nos municípios-piloto selecionados, quais sejam: Nova Friburgo e Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro; e Blumenau, no Estado de Santa Catarina.

Eixos

 Projeto de Fortalecimento das Estratégias Nacionais para a Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais – Projeto Gides, firmado o entre o Governo Japonês e o Governo Brasileiro, visa dar suporte à formulação de políticas e ao desenvolvimento de metodologias para o aperfeiçoamento do gerenciamento dos riscos de desastres de movimentos de massa.

O Projeto está centrado nos seguintes eixos temáticos:

  • Avaliação e mapeamento de áreas de risco;
  • Monitoramento e alerta (sistemas de alerta antecipado de risco e planos de contingências);
  • Obras de prevenção e reabilitação (critérios para definição e para projeto); e
  • Planejamento da expansão urbana em áreas com susceptibilidade a movimentos de massa.