Entre as Regionais da Celesc atingidas pelas enchentes, a de Rio do Sul é a mais prejudicada: toda a estrutura de trabalho da empresa foi atingida, muitos empregados da empresa tiveram suas casas inundadas e os que têm condições de trabalhar enfrentam os reflexos do cansaço e da falta de comunicação. Ainda assim, no município de Rio do Sul, cerca de 90% das unidades consumidoras já foram religadas até a manhã deste domingo.
Os municípios de Aurora, Laurentino, Lontras, Rio do Oeste e Agronômica, que foram os mais atingidos, tiveram os alimentadores energizados. Em Aurora, 70% das unidades foram religadas e eletricistas percorrem a rede com a ajuda de um barco do corpo de bombeiros. Em Laurentino, cerca de 90% do abastecimento de energia foi regularizado na noite de sábado.
De acordo com o gerente regional de Rio do Sul, Manoel Arisoli Pereira, na maioria dos casos, as ligações não foram feitoas por questões de segurança. “O nível do rio chegou a 12,96 acima do normal e a água baixa ainda muito devagar, por conta das duas barragens que precisam dar vazão aos reservatórios. Vivemos uma situação de guerra nos últimos três dias e nesse momento precisamos garantir condições mínimas de trabalho aos cerca de 100 empregados da Celesc que trabalham ininterruptamente e necessitam de alimentação, material de segurança, uniformes. Perdemos todo o mobiliário da agência e da loja de atendimento e temos parte dos empregados trabalhando na limpeza da estrutura”, relata.
Em Itajaí, o pior quadro foi registrado na noite de sábado, segundo o gerente regional Omar Bernardino Rebello, quando cerca de 12 mil unidades consumidoras estavam sem energia. Hoje, domingo, até o final da manhã, cerca de duas mil unidades permaneciam desligadas, mas por questão de segurança. A previsão do gerente é restabelecer a normalidade do abastecimento até o fim do dia. “A partir da segunda-feira daremos início a outra etapa do trabalho, que é a troca de medidores”, diz Rebello.
Na Regional Celesc Blumenau os municípios mais atingidos foram Blumenau, Timbó, Brusque, Botuverá, Indaial, Apiuna e Gaspar. Somente em Blumenau foram gerados 50 mil desligamentos em vários pontos da cidade por inundação. “No momento a situação pode ser considerada normal, estamos com cerca de 100 documentos em espera para atendimento, referentes as conseqüências da inundação, medidores queimados ou danificados pela enchente”, explica o gerente regional Claudio Varella. Segundo ele, foram mais de 60 horas de trabalho intenso para restabelecimento do sistema elétrico da Regional. No pico máximo das ocorrências, foram mobilizadas 22 equipes com veículo médio, quatro equipes com veículo pequeno e seis equipes contratadas com caminhões para substituir postes caídos e condutores partidos. “Também foi montada equipe de apoio técnico e administrativo com 15 empregados para garantir materiais, uniformes e alimentação, analise de ocorrências e orientações aos consumidores. Entre empregados e contratados trabalharam cerca de 120 pessoas”, contabiliza Varella.
Na regional Grande Florianópolis, situação normalizada, apenas desligamentos pontuais em locais de difícil acesso em São João Batista, Nova Trento e Major Gercino, e alguns outros desligamentos programados e ocorrências causadas pelo vento forte, que joga vegetação na rede. Equipes trabalham para restabelecer as ligações.
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Aline Cabral
Centrais Elétricas de SC SA
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