Santa Catarina enviará força-tarefa de ajuda humanitária ao Haiti

fotositeO governo catarinense organizou, nesta quinta-feira (14), uma equipe de assistência humanitária entre Defesa Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros para auxiliar o Haiti após o terremoto que devastou o país na última terça-feira (12). A força-tarefa, sugerida pelo secretário da Segurança Pública, Ronaldo Benedet, ao governador Luiz Henrique, será composta de equipamentos, recursos humanos e materiais, necessários para realizar resgates e dar apoio ao povo haitiano.

Ouça a entrevista do diretor Márcio Luiz Alves

“Nossa atuação é conjunta com o governo federal e o pedido que nos veio de Brasília é que tenhamos uma força preparada com toda a logística para atuar no Haiti. Vamos levar alimentos, roupas, barracas, veículo e montar uma base catarinense em apoio ao efetivo brasileiro”, explica o diretor da Defesa Civil, Márcio Luiz Alves. A equipe enviada, de acordo com Alves, estará pronta a partir do dia 25, após emissão de passaportes e atualização de vacinas. O grupo irá atuar no que for necessário, com autonomia suficiente para passar o período de ajuda àquele país.

A força-tarefa terá 34 integrantes, sendo 19 bombeiros militares, 2 bombeiros comunitários, 2 bombeiros voluntários, 5 policiais militares, 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico de Defesa Civil, 2 engenheiros e 1 geólogo, além de 3 cães farejadores. Os profissionais irão dispor de equipamentos, como: 2 motocicletas, 1 viatura F-250 4×4, 6 barracas, geradores, equipamento de resgate, alimentação, água, combustível, kit individual e ração para cães.

Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, coronel Álvaro Maus, os bombeiros catarinenses estão prontos para atuar no cenário de desastre haitiano. “Apesar de já preparados, esta será uma grande experiência internacional devido à magnitude do evento e adversidade local”, ressalta Maus. Ele destacou a participação conjunta com Polícia Militar, engenheiros e geólogos e a estrutura da Defesa Civil Estadual para autonomia completa durante a operação no Haiti.

Integrante da missão catarinense ao Haiti, o capitão da Polícia Militar Dhiogo Cidral de Lima que esteve por um ano naquele país na missão de paz das Nações Unidas (ONU), considera bastante crítica a situação da população haitiana. “Na época em que estive lá, a situação já era precária. Com esta catástrofe, o cenário está bem pior. Estou indo para tentar ajudar da melhor forma possível, principalmente como intérprete, e dar o apoio máximo à Defesa Civil e aos militares”.

O desastre – O terremoto que atingiu o Haiti na última terça-feira alcançou 7 graus de magnitude, deixando entre 45 mil e 50 mil pessoas mortas e mais de 3 milhões desabrigados, segundo informações da Cruz Vermelha. Entre os óbitos, estão confirmados até o momento 14 militares do exército brasileiro e a catarinense Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.

Participaram também da reunião na sede da Defesa Civil Estadual, o capitão BM Alexandre Coelho da Silva; o major BM Alexandre Correia Dutra e o gerente da Defesa Civil, major Emerson Emerim.