Técnicos da Defesa Civil de Santa Catarina retornam ao Brasil, após um mês de treinamento no Japão

Fabiano Gides 555 - Matéria

Foto: Divulgação – SDC/SC.

O diretor de Prevenção, Fabiano de Souza e o Gerente de Monitoramento e Alerta, Frederico Rudorff continuam essa semana no Japão. Os municípios de Blumenau, em Santa Catarina, Nova Friburgo e Petrópolis, ambos do Rio de Janeiro também foram escolhidos como municípios pilotos do projeto.

Eles participam de um treinamento junto à delegação brasileira do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais – GIDES, criado em agosto de 2013 pela Agência Brasileira de Cooperação – ABC e a Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA. O objetivo principal é formular estratégias de avaliação de riscos, planejamento de expansão urbana e prevenção, recuperação e reconstrução de áreas de risco no Brasil.

Em contrapartida ao projeto, foi proporcionado pela JICA, um curso, em Tóquio, que envolve os temas Avaliação e Mapeamentos de Riscos, Planos de Expansão Urbana e o trabalho de Previsão de Eventos Naturais Adversos e Emissão de Alertas.

Segundo o Diretor de Prevenção, Major Fabiano é preciso conhecer as diretrizes estabelecidas pelo Governo Central Japonês. “Nos induz à reflexão de que é possível sim promovermos trabalho correlato no Brasil. Não é possível pensarmos que em nosso País, dada sua dimensão e peculiaridades regionais, o estabelecimento de regras gerais pela União aos Estados, no tocante à prevenção e respostas a desastres, seja algo inexequível. É importante conhecermos as realidades locais, mas as ações devem possuir um mesmo padrão e primarem por objetivos comuns. Definitivamente o Brasil precisa empreender esforços de toda ordem: investimentos, legislações e fundamentalmente educação”, disse.

Para o Gerente de Monitoramento e Alerta, Frederico Rudorff, a experiência vivida no Japão tem sido de extrema importância. “As atividades do curso, as temáticas, as visitas técnicas e o trabalho de campo. Porém, sem dúvida, o ponto alto foi conhecer na prática quão evoluído é o Governo Japonês e a cultura legal no que diz respeito à prevenção de riscos de desastres. É algo que realmente precisaríamos levar e aplicar no Brasil, especialmente as metodologias para o mapeamento de áreas de risco e para a emissão de avisos e alertas de risco de deslizamentos”, enfatizou.

O curso encerra no próximo dia 12 de dezembro. Foram de 35 dias de troca de informações, aprendizado e conhecimento sobre as políticas japonesa que é referência em ações em decorrência de desastres naturais adversos. Além das temáticas, foram realizadas aulas na Agência Japonesa de Meteorologia, no Ministério das Terras, Transporte e Infraestrutura, na Corporação – SABO, que é responsável pela definição de áreas de risco e projetos estruturais de prevenção de desastres com sedimentos, Agência Nacional de Bombeiros. Também foram proporcionadas visitas à Província de Tottori e o Poder Local de Higashi Osaka, como forma de conhecer os processos de interação entre Estados e Municípios – correlacionando com o Brasil.

De acordo com o Secretário de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, Rodrigo Moratelli, a expectativa é de aplicação dos ensinamentos recebidos no Japão nas atividades desenvolvidas pela Secretaria no Estado, especialmente nas melhorias que podem ser agregadas a todo o Sistema de Prevenção de Desastres Naturais que está em construção. “Certamente o que nossos profissionais visualizaram no Japão, que possui vasta experiência de sucesso na área de prevenção, resposta e recuperação de áreas afetadas por desastres, pode ser agregado ao projeto que estamos desenvolvendo para Santa Catarina. Com planejamento e organização podemos agregar as boas práticas assimiladas no Japão para o projeto da Defesa Civil de nosso Estado”, concluiu.

Moratelli garante ainda que com as ações previstas para o Sistema de Prevenção e Resposta aos Desastres de Santa Catarina, amparado aos trabalhos de Monitoramento e Alerta vão tornar Santa Catarina, o Estado Referência para o Brasil e um dos mais preparados da América Latina.